Nenhuma sociedade será livre enquanto uma mulher ou uma menina tiver sido violada
Publicado: 10 Dezembro, 2014 - 00h00 | Última modificação: 10 Dezembro, 2014 - 15h28
A Campanha de 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher foi lançada em 1991, quando mulheres feministas se reuniram e decidiram colocar na agenda mundial essa difícil e incansável tarefa de pôr fim à violência contra as mulheres.
Ela teve início no dia 25 de novembro, data histórica onde relembramos o assassinato das irmãs Mirabal pelo sanguinário Trujillo, na República Dominicana, no início dos anos 60. E termina no dia 10 de dezembro dia dos Direitos Humanos.
Este ano, um assunto que tem assombrado a nós mulheres do movimento feminista são os casos de estupros no interior da FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - uma das mais, senão a mais tradicional faculdade de medicina do país. Foi com surpresa e horror que lemos e ouvimos depoimentos de jovens meninas estudantes revelarem terem sido estupradas nas festas promovidas no campus. Mais horror ainda foi a reação nos corredores da universidade por parte dos alunos de que as meninas consentiram e que se elas não quiserem passar por isso que não frequentem as tais festinhas.
Agora vem a bomba: a reitoria se fez de morta e abafou até que as denúncias vieram à tona. Bem, se a USP não faz nada, a Assembleia Legislativa na pessoa do deputado estadual Adriano Diogo (PT/SP) tem realizado audiências públicas para elucidar os fatos e pedir a punição dos envolvidos. Também a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres em seu projeto Gabinete Aberto, tem conseguido através da internet, trazer para o debate mulheres jovens, não exatamente organizadas nos movimentos feministas e, a surpresa, é que a moçada tem respondido positivamente!
Sugiro a ampla divulgação do vídeo que está no link abaixo, que informa e alerta o povo brasileiro que podemos estar diante de um caso em que jovens se formarão em medicina e enfermagem e muitos deles atenderão pacientes em seus consultórios particulares ou mesmo na rede SUS!
http://spressosp.com.br/2014/11/25/violencia-sexual-na-usp-nos-aterroriza-saber-que-esses-jovens-atenderao-mulheres-em-seus-consultorios/