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Artigo

Por uma nação verdadeiramente de todos e todas

Publicado: 28 Março, 2016 - 00h00


Nossa memória dos grandes acontecimentos políticos no país e dos movimentos que os precederam gera em cada um de nós, que lutamos pela democracia e condições digna de vida para todos e todas, enorme apreensão diante da atual conjuntura política nacional. As investidas políticas daqueles que há séculos dominaram os três Poderes do Estado e que não admitem continuar dividindo com a classe trabalhadora uma parte, ainda que muito pequena, das riquezas produzidas no país, como aconteceu nos últimos 13 anos, se enveredou para o campo do uso vergonhoso do sistema judicial, do aparato policial e dos meios de comunicação de massa. 

O que ocorreu no dia 16 de março extrapola, em muito, os artifícios usados pela direita golpista no ano de 1964. A autorização da publicação das gravações telefônicas pelo juiz Sérgio Moro em cadeia nacional não tem outro objetivo senão impulsionar a pressão ao Congresso Nacional e sociedade brasileira em favor do impeachment. Em vez de manter-se na esfera da investigação judicial, o magistrado assume deliberadamente posição política de oposicionista. Tal atitude é perigosa para a democracia e, inclusive, para segurança pública ao inflar a ampliação do ódio contra cidadãos que se identificam como militantes de esquerda ou simpatizantes aos governos Lula e Dilma devido as conquistas obtidas no campo da educação, da saúde, da habitação, entre outras. A conjuntura nacional de polaridade social apela para maior responsabilidade das autoridades das várias instituições do Estado Brasileiro, sobretudo daquelas do Ministério Público e Poder Judiciário.

É preciso atacar a cultura de corrupção mediante investimentos na educação e medidas nos marcos estritamente constitucional. Para os que querem que esta nação seja verdadeira de todos e todas, as ações passam pela superação das disputas políticas e pela união em defesa da democracia, dos investimentos na geração de empregos, dos diretos trabalhistas e na redução da taxa de juros, além de colocar-se contra o ajuste fiscal e cortes nos investimentos sociais.