Um mês sem resposta: Quem matou Marielle?
Publicado: 16 Abril, 2018 - 00h00
No dia 14 completará um mês da morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, executados no Rio de Janeiro. As forças de segurança do Rio de Janeiro investigam o caso para a identificação dos responsáveis pelas mortes, mas até agora não há informações.
Nesses últimos meses a intervenção militar aumentou a violência no Rio de Janeiro onde também foram vítimas os cinco jovens em Maricá, que eram da mesma forma militantes da luta antirracista.
No Brasil onde mais de 100 milhões de pessoas se declaram afrodescendentes (pretas e pardas) o racismo estrutural afeta a todas de forma brutal, uma vez que seus direitos básicos são negados. Quanto mais vulnerável, menos o brasileiro conhece seus direitos. Sem alcance à justiça, boa parte dos brasileiros estão à mercê de sofrer graves prejuízos, pois as condições precárias de obtenção de justiça, em especial nos estados mais pobres, não asseguraram garantias mínimas ao cidadão.
Diante da falta de justiça, ficamos sempre nos perguntando: Quem será a próxima vítima? Até quando? NÃO VAMOS NOS CALAR!
Nesse sentido, para que esses crimes não fiquem impunes, ativistas, militantes e apoiadores estão organizando homenagens neste sábado dia 14 pretendendo colorir praças e ruas de 80 cidades em oito países para chamar a atenção e cobrar providências do Estado.
Outra ação será realizada no dia 08 de maio quando a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), discutirá o dever de proteção de pessoas defensoras de direitos humanos no contexto dos assassinatos da vereadora Marielle e do motorista, Anderson Gomes.
Nós da CUT nos colocamos sempre a frente dessa luta porque todas as vidas negras importam e nós precisamos responder a essa violência nas ruas e nos locais de trabalho. Seguiremos nossa luta todos os dias denunciando o racismo, buscando a igualdade e um mundo sem racismo.