1º de Maio descentralizado e multicultural
Marca histórica da CUT, atos em diferentes cidades celebram as raízes do Brasil
Publicado: 02 Maio, 2016 - 16h33 | Última modificação: 02 Maio, 2016 - 16h51
Escrito por: Isaías Dalle
Uma das marcas históricas do 1º de Maio da CUT é o fato de as celebrações e mobilizações acontecerem em diversas cidades do Brasil. Algumas reunindo grande público – como as 100 mil pessoas que participaram em São Paulo – e outras com concentrações menores, mas todas em sintonia com o espírito de que a luta dos trabalhadores e trabalhadoras deve se dar em todos os espaços e com as características culturais de cada local.
Como em João Pessoa, onde 5 mil militantes percorreram as ruas da capital paraibana acompanhadas por repentistas e servidas, ao final, com uma suculenta feijoada. No Rio, samba na Lapa e protesto durante a final Botafogo e Vasco. Em São Paulo, shows de estilos que variavam de Martinho de Vila a Detonautas. Em Santa Catarina, mateada. No Recife, Festa das Lavadeiras.
O último domingo foi assim. Neste ano, em uma conjuntura bastante difícil, com as conquistas sociais e econômicas ameaçadas por um golpe orquestrado pelas elites e seus instrumentos – Judiciário, oligopólios midiáticos e parte considerável do Congresso. Por isso, as palavras de ordem do 1º de Maio 2016 foram “não ao golpe”, “fica Dilma” e “fora Temer e Cunha”, entre outras.
Participamos nosso 1º de Maio com a CTB e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem aproximadamente 60 entidades dos movimentos populares de moradia, rural, gênero, raça, estudantis, ecológicos, aposentados, indígenas, desempregados e de trabalhadores de todas as categorias.
Diferente de outra conhecida central, que não só defendeu o golpe, como convidou golpistas a participar do evento – ao qual não compareceram, provavelmente com medo de vaias. E ainda sortearam automóveis aos presentes.
Confira o balanço de algumas cidades em que a CUT e a FBP e a FPSM realizaram manifestações:
Noca da Portela comanda o samba na Lapa, Rio. Foto de Mídia Ninja
Aracaju – 1,5 mil pessoas
Belém – 2 mil pessoas
Belo Horizonte – 10 mil pessoas
Blumenau, Joinville, Laguna e Criciúma (SC) – 1 mil pessoas
Camaçari (BA) – 5 mil pessoas
Cuiabá – 1 mil pessoas
Curitiba – 500 pessoas (no dia 29, foram 25 mil manifestantes)*
Feira de Santana (BA) – 2 mil pessoas
Florianópolis – 1 mil pessoas
Fortaleza – 20 mil pessoas
Goiânia – 1 mil pessoas
Itaban (BA) – 8 mil pessoas
João Pessoa – 5 mil pessoas
Natal – 1,5 mil pessoas
Ponta Grossa – 8 mil pessoas
Porto Alegre – 10 mil pessoas
Porto Velho – 150 pessoas
Recife – 15 mil pessoas
Salvador – 30 mil pessoas
São Paulo – 100 mil pessoas
Teixeira de Freitas (BA) – 8 mil pessoas
Vitória – 2 mil pessoas
*no dia 29, os curitibanos relembraram um ano do massacre promovido pela polícia de Beto Richa (PSDB) contra educadores e estudantes.