Escrito por: Redação CUT
Nas capitais da Região Sudeste, São Paulo, Belo Horizonte e Rio, as taxas de abstenção foram muito acima da média
A abstenção no Sudeste no primeiro turno das eleições 2022 realizadas no domingo (2) foi maior do que a média nacional. A média nacional de abstenção em 2022 foi de 20,95%, a do Sudeste foi de 22%.
De acordo com o Superior Eleitoral (TSE), em todo o Brasil 32.766.498 eleitores não foram votar. Deste total, 14,6 milhões dos estados do ES, SP, MG e RJ decidiram não participar da eleição mais importante da história do país, que tem, de um lado, um projeto voltado para o povo, mais social, representado pelo ex-presidente Lula (PT), e de outro, apoiado por uma parcela minoritária da sociedade, mais conservadora, um projeto em que o Estado está menos presente, cuidando menos da vida das pessoas, representado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
"E quem não vai votar, pode estar ajudando a eleger um candidato que não tem compromisso com as pautas sociais e trabalhsitas", alerta Ariovaldo de Camargo, secretário de Administração e Finanças da CUT.
Em São Paulo, 7,5 milhões de eleitores não foram votar (21,6% dos habilitados pela Justiça Eleitoral). Em Minas Gerais, 3,6 milhões (22,3%). E no Rio de Janeiro, 2,9 milhões (22,7%). A taxa no Espírito Santo foi de 20,8%, ou 606.490 eleitores.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) terminou na frente em 7 dos 10 Estados onde mais pessoas deixaram de votar, enquanto o ex-presidente Lula (PT) venceu em 7 dos 10 com maior presença.
Nas capitais do Sudeste, as abstenções foram ainda maiores. Em São Paulo, 24,2% dos eleitores aptos deixaram de votar; em Belo Horizonte, 21,8% e no Rio, 21,3%. Essas 3 cidades concentraram 39,9% dos votos válidos no 1º turno. Em vitória, a taxa de abstenção foi de 17%.