Escrito por: Érica Aragão
Em todo país, professores, estudantes e trabalhadores da educação prometem uma mobilização histórica. Greve nacional será um esquenta para a greve geral de 14 de junho
Professores e estudantes do ensino federal, estadual e municipal de todo o país vão cruzar os braços nesta quarta-feira (15), Dia Nacional de Greve na Educação.
Contra a reforma da Previdência e os cortes de investimentos na educação, os trabalhadores e trabalhadoras da rede pública e privada prometem uma histórica mobilização, que também servirá de "esquenta" para a greve geral marcada para o dia 14 junho contra a "reforma" da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Além dos professores e estudantes das escolas municipais e estaduais que já aderiram à greve, os trabalhadores das universidades e institutos federais começaram a anunciar o resultado das assembleias com aprovação da participação na Greve Nacional da Educação chamada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee). (Confira as listas das universidades e escolas no final do texto)
O setor da educação universitária vai parar no Brasil inteiro. Até agora já são mais de 70 universidades que confirmaram a adesão à greve e aos atos que ocorrerão em todas as capitais.
Segundo o presidente da CNTE, Heleno Araújo, quando a entidade pensou na greve, a ideia era justamente envolver a educação básica, profissional, tecnologia e universitária de todo o país, já que todos e todas serão impactados com os cortes das verbas e a proposta de reforma da Previdência.
“O anúncio de corte de recursos da educação colocou lenha na fogueira e ajudou a ampliar a adesão das universidades e instituições federais, com suas entidades nacionais chamando para a deliberação das assembleias das associações de docentes e movimento estudantil”.
“É uma unidade muito importante para dialogar com a população e mostrar o quanto a educação pública e de qualidade, nos três níveis (federal, estadual e municipal), estão sendo atacadas de forma brutal pelo governo Bolsonaro”- Heleno Araújo“Somente juntos vamos fortalecer essa luta pelo direito social e humano a uma educação pública e de qualidade da creche à pós graduação”, conclui Heleno.
Professores serão mais prejudicados com reforma
Se Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, da reforma da Previdência, for aprovada no Congresso Nacional, os professores e professoras serão uma das categorias mais penalizadas.
As mulheres terão de trabalhar pelo menos mais 10 anos e os homens mais 5 anos para alcançar a idade mínima de 60 anos para requerer a aposentadoria.
A proposta de Bolsonaro pretende fixar em 60 anos a idade mínima para professores e professoras da rede pública e privada se aposentarem. A reforma também pretende unificar em 30 anos o tempo mínimo de contribuição para ambos os sexos.
E mesmo trabalhando durante 30 anos, os professores e professoras receberiam apenas 80% do salário-benefício. Para receber o valor integral do benefício (100%), eles teriam de contribuir por 40 anos.
Veja a lista de universidades e categorias que já decidiram parar dia 15 e as que ainda vão realizar assembleias para aprovar a greve nacional da educação. Se sua universidade não está na lista ou já realizou assembleia e vai parar, atualize as informações e compartilhe.
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal de Alagoas
Universidade Federal do Amapá
Universidade Federal do Amazonas
Universidade Federal Rural da Amazônia
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Universidade Federal da Bahia
Universidade Federal do Oeste da Bahia
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Federal do Sul da Bahia
Universidade Estadual da Bahia
Universidade Estadual de Feira de Santana do Estado da Bahia
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Universidade de Brasília
Universidade Federal do Ceará
Univerdade Federal do Cariri
Instituto Federal do Ceará
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Federal do Espírito Santo
Universidade Federal de Goiás
Universidade Federal do Maranhão
Universidade Federal do Mato Grosso
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Universidade Federal da Grande Dourados
Universidade Federal de Ouro Preto
Universidade Federal de Juiz de Fora e IFMG
Universidade Federal de Lavras
Universidade Federal de Uberlândia
Universidade Federal de São João del Rei
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Universidade Federal de Itajubá
Universidade Federal de Minas Gerais
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri
Instituto Federal de Minas Gerais
Universidade Federal de Viçosa
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal do Oeste do Pará
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Insituto Federal do Pará
Universidade Federal de Campina Grande
Universidade Federal da Paraíba
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal da Integração Latino-americana
Universidade do Paraná
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Instituto Federal do Parná (IFPR)
Universidade Federal de Pernambuco
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Universidade Federal do Piauí
Universidade Federal Fluminense
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Universidade Federal de Santa Maria
Universidade Federal de Pelotas
Universidade Federal do Rio Grande
Universidade Federal da Fronteira Sul
Instituto Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Instituto Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Pampa
Universidade Federal de Rondônia
Instituto Federal de Rondônia
Universidade Federal de Roraima
Universidade do Estado de Santa Catarina
Universidade Federal de São Paulo
Universidade Federal do ABC
Universidade Federal de São Carlos
Universidade de São Paulo
Universidade de Campinas
Universidade Federal de Sergipe
Universidade Federal do Tocantins
Universidade Federal de Viçosa
Universidade Federal do Paraná (assembleia terça)
Universidade Estadual de Ponta Grosso
Universidade Estadual de Montes Claros
Fontes: Seções Sindicais do Andes-SN e Fasubra
As escolas e universidades ficarão vazias, mas professores, professoras e funcionários do administrativo não vão ficar em casa, vão participar de grandes atos nas capitais e em vários municípios do interior do país.
Às 8h terá um ato público em frente ao Palácio Rio Branco. Trabalhadores e trabalhadoras da educação estão participando da Greve Geral.
A partir das 07h, em frente ao CEPA FarolGreve, terá ato Público unificado. Categoria vai parar as atividades.
Às 15h, na Praça do Congresso, os trabalhadores e as trabalhadoras da Educação farão ato público. Categoria também vai parar.
Às 16 horas, os trabalhadores e as trabalhadoras da educação farão ato na Praça da Bandeira.
Ato às 9 horas, no Campo Grande. As redes estadual e municipal de Salvador e do interior, universidades federais e estaduais, rede privada, técnicos das universidades, movimento estudantil vão parar suas atividades e depois vão para Campo Grande.
Às 8h na Praça 09 de novembro, o magistério municipal público de Vitória da Conquista estará presente e depois vai seguir em caminhada para a Câmara Municipal, onde haverá um debate sobre a reforma da Previdência.
Os servidores da educação no estado farão greve com assembleia geral e ato público.
Às 08h30 terá um ato unificado ao lado da Prefeitura Municipal com a participação de professores e professoras da rede pública de municipal de Camaçari, que estão de braços.
Algumas escolas terão aula com toda comunidade para debater a reforma da Previdência de Bolsonaro. Algumas entidades de trabalhadores ainda estão articulando mobilizações
Às 10h haverá um ato unificado com os trabalhadores e as trabalhadoras de escolas públicas e professores do Distrito Federal no Museu Nacional.
Às 8h, na Praça da Bandeira os servidores Públicos de Educação e de Cultura do Estado e os trabalhadores e as trabalhadoras da educação da rede estadual vão se concentrar e farão uma caminhada até a reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde terá um grande ato unificado.
Às 8h30 terá um ato unitário com trabalhadores, alunos e professores na Praça do Papa, em Vitória. A rede estadual estará toda de greve.
Às 15 horas os trabalhadores e as trabalhadoras da educação em Goiânia farão ato público na Praça Cívica.
Às 8h30, ao lado da Praça da Biblia, na capital do Estado, haverá uma assembleia extraordinária dos profissionais do magistério na sede do Sindeducação, .
Às 15 horas, na Praça Deodoro, no centro de São Luiz, os trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão farão greve e participar do ato unificado.
Os trabalhadores e as trabalhadoras em educação da rede pública municipal, da cidade de Timon, vão cruzar os braços e participar do ato público frente ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais. Outras categorias também farão parte da mobilização.
Às 14h, em Cuiabá, na Praça Alencastro, os profissionais da educação farão um ato público com a participação de Cuiabá e Várzea Grande. A categoria no interior vai realizar atos locais e outras atividades de mobilização, como reuniões, panfletagens e outros, envolvendo outros sindicatos e a sociedade para organizar a luta e barrar a Reforma da Previdência.
Às 10h os trabalhadores e as trabalhadoras em Educação no Estado, junto com as centria sindicais, vão parar e participar de um ato político em frente UFMS, na Avenida Costa e Silva.
Às 09h30 haverá ato público na Praça da Estação, além disso, atos locais nos municípios também acontecerão.
Às 14h haverá um debate sobre a reforma da previdência na UFMG.
08h na Praça da República, em Belém, haverá um ato público do ramo da educação. A categoria está em greve e terá mobilização da rede estadual e municipal em diversas cidades. Nos municípios: concentração em frente às prefeituras e secretarias municipais de educação. Também haverá manifestações nas cidades pólos e Unidades Regionais de Educação no interior do Estado. Em Belém, haverá ato público na Praça da República, às 8h.
Às 9h os trabalhadores em educação do Município de João Pessoa e os da Educação do Estado da Paraíba vão parar suas atividades, se concentrar em frente ao Lyceu Paraibano e Às 14h vão para o ato público em frente à Assembleia Legislativa.
Vários sindicatos do Estado aderiram às atividades em Curitiba neste 15 de maio.
Às 8h30 vai ter um ato na Praça Santos Andrade com caminhada a partir das 10h até o Centro Cívico, além de outras mobilizações em diversas cidades do estado. Em Londrina o ato unificado da educação será a partir das 9 no Calçadão.
Às 11h30 haverá ato em frente a prefeitura e às 12h30 e acontecerá uma reunião com a bancada da Educação na Assembleia Legislativa.
Os servidores municipais do Magistério do Paraná aderiram a greve e vão panfletar em Paranaguá e depois vão se somar no ato em Curitiba.
Às 15 horas, os profissionais de Ensino Municipal da rede oficial do Recife e os trabalhadores e trabalhadoras em educação de Pernambuco e de Jaboatão dos Guararapes vão se concentrar no Ginásio Pernambucano e seguirão em caminhada até a Praça do Carmo, onde haverá um ato público com movimentos sociais. A categoria também fará atos em Caruaru e Petrolina.
Pela manhã, haverá um ato dos Professores do Cabo de Santo Agostinho e a tarde se juntarão ao ato no Recife.
Às 08h os trabalhadores em educação básica pública do Estado com outras entidades da educação e Universidades vão parar suas atividades e vão participar do ato público unificado em frente ao INSS.
Em Natal, às 15h, os trabalhadores em Educação Pública no Estado junto com Universidade e Institutos Federais estarão nas ruas participando do Ato Unificado que, em frente ao Midway Mall. A maioria das regionais do Sinte/RN farão atos públicos nos municípios.
Às 15h, será realizado um ato unificado na Candelária. Atividades descentralizadas estão marcadas também para as primeiras horas do dia em todo o estado.
13h será a concentração, no Instituto de Educação, para fazer uma caminhada passando desde o INSS, passando por Institutos Federais e, finalizará com ato público na Esquina Democrática.
14h, em Ijuí, os professores do município e do estado aula pública na praça central da cidade, com os seguintes temas: bloqueio de verbas para a educação; escola sem partido; militarização do ensino público; e reforma da previdência.
Às 13h os profissionais da educação de Canoas farão um ato unificado na Praça da Emancipação , em frente a prefeitura e vão em caminhada para a Praça do Avião.
18h terá ato unificado em Porto Alegre.
Em todo o Estado haverá atividades regionais, aulas públicas e atos públicos. Na capital serão feitas atividades durante todo dia, em três espaços diferentes. Ações com universidades, movimento estudantil, IFES, entidades municipais da educação também estão sendo articuladas. Os trabalhadores da educação no Rio Grande farão panfletagem na parte da manhã no centro da cidade, plenária sobre a reforma da Previdência, no auditório da Escola Juvenal Miller, e a noite vai ter uma passeata luminosa.
Às 09h00, na sede do SINTERO, em Porto Velho, haverá concentração de trabalhadores e trabalhadoras da Educação e depois seguirão em caminhada até a Praça das Três Caixas D’água. A paralisação está articulada com movimentos sociais, IFs e Universidade. Manifestações nas 11 Regionais.
Às 15h ato público na Praça do Centro Cívico. Greve unificada com as Universidades e movimento estudantil e pela manhã mobilização nas escolas e nas universidades que não aderirem ao movimento.
15h, em Florianópolis, em frente a Catedral, haverá o ato da educação. Às 16h e 17h iniciará uma grande marcha pela cidade, finalizando com um ato no TICEN.
A partir das 14 horas, em São Miguel acontecerá um ato unificado. A concentração acontecerá na Praça Belarmino Annoni e em seguida os participantes seguirão em caminhada até a praça municipal Walnir Bottaro Daniel.
Em Joinville, o ato unificado será às 15h, na Praça da Bandeira.
Às 10 e às 16h, em Chapecó, terão 3 atividades: aulas públicas na Praça Coronel Bertaso.
Às 14h15, em Jaraguá do Sul, acontecerá o ao unificado ao lado do Museu da Paz. Às 18h terá um ato público no mesmo local.
A partir das 14h30, na cidade de Blumenau, acontecerá o ato unificado, na Praça do Teatro Carlos Gomes.
Às 14 horas vai ter ato público no Masp com os servidores da Educação e os trabalhadores e as trabalhadoras do Estado, que vão parar as atividades e seguir para o ato.
8h30, em frente a Câmara Municipal de Aracaju, o ato público reunirá profissionais do ensino da cidade ve será realizado um Ato Público em frente da Câmara Municipal para entregar aos vereadores um oficio a favor da aposentadoria.
Às 14h, o Ato Público unificado com outras categorias e movimentos sociais na Praça General Valadão.
Às 09h na Câmara Legislativa do Estado, em Palmas, o movimento grevista fará ato público.
Fonte: CNTE