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16ª Plenária da CUT-RS reforça mobilização para derrotar Bolsonaro e suas políticas

Plenária Estadual aprova plano de lutas para derrotar o governo Bolsonaro e suas políticas de morte, as privatizações, o desmonte dos serviços públicos e a entrega da soberania nacional

Publicado: 06 Setembro, 2021 - 12h04 | Última modificação: 06 Setembro, 2021 - 13h08

Escrito por: CUT-RS

Carolina Lima / CUT-RS
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A 16ª Plenária Estadual da CUT-RS, realizada por meio da plataforma Zoom, avaliou a conjuntura do país com a participação de 220 delegados e delegadas, 50 observadores e observadoras, e convidados.

Após amplo debate, no último dia do evento, sábado (4), foi aprovado um plano de lutas para o próximo período, que reforça a mobilização para derrotar o governo Bolsonaro e suas políticas de morte, as privatizações, o desmonte dos serviços públicos e a entrega da soberania nacional.

"Só teremos democracia e o país de volta com soberania, se afastarmos Bolsonaro e recuperarmos o Brasil para os brasileiros", afirmou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

O dirigente nacional do MST, João Paulo Rodrigues, apontou os principais desafios para o próximo período, salientando que é preciso manter a unidade de ação e intensificar as lutas para derrotar Bolsonaro e suas políticas. Ele destacou a importância dos atos de 7 de setembro, fortalecendo o Grito dos Excluídos e das Excluídas e o “Fora Bolsonaro”.

“Não podemos esperar as eleições de 2022, mas devemos continuar nas ruas acelerando as nossas lutas pelo fim do governo Bolsonaro”, disse o vice-presidente da CUT-RS,  Everton Gimenis.

Carolina Lima / CUT-RS  Carolina Lima / CUT-RS

,Confira o plano de lutas

- Revogação da Emenda Constitucional 95 e da reforma trabalhista.

- Investigar os termos das privatizações espúrias e nocivas à soberania nacional e abrir um processo jurídico e social para revertê-las.

- Ajustar o imposto de renda com intuito de isentar a tributação de salários tendo como referência o teto previdenciário.

- Realizar o Plebiscito Popular sobre as Privatizações do governo Leite envolvendo todas as entidades sindicais filiadas à CUT-RS.

- Lutar pela valorização da escola pública, dos educadores e educadoras, rumo a uma educação integral e de qualidade.

- Denunciar e deseleger parlamentares que votam contra os interesses da classe trabalhadora.

- Influenciar a estratégia eleitoral dos partidos de esquerda e centro-esquerda para que tenhamos o máximo possível de candidaturas de homens e mulheres comprometidas com a classe trabalhadora e com potencial de serem eleitos.

- Denunciar o cancelamento de políticas de crédito, seguro, comercialização e suporte técnico voltadas para a agricultura familiar.

- Denunciar as políticas neoliberais nocivas à classe trabalhadora implementadas pelo governo Leite.

- Envolver as entidades sindicais com as lutas comunitárias em torno do saneamento básico, moradia, saúde, segurança e solidariedade de classe com os mais necessitados e vulneráveis.

- Fortalecer a luta dos povos originários e quilombolas que lutam contra o marco temporal.

- Lutar por um programa que articule qualificação profissional com emprego para juventude

 

CUT-RSCUT-RS

Todas essas propostas foram construídas de forma consensual pelas quatro tendências que integram a direção da CUT-RS: Articulação Sindical, CUT Socialista e Democrática (CSD), CUT Pode Mais e CUT Independente e de Luta. Agora serão encaminhadas para debate e deliberação na 16ª Plenária Nacional da CUT, que será realizada no período de 21 a 24 de outubro.

Ao final, foram eleitos os 28 delegados e delegadas, com suplentes, para representar o Rio Grande do Sul na 16ª Plenária Nacional da CUT, denominada “João Felício e Kjeld Jakobsen” como homenagem a dois ex-presidentes recentemente falecidos, que também será realizada de forma virtual.

CUT RSCUT RS

Projeto CUT com a Comunidade

Após uma exposição do professor Marcelo Kunrath Silva, do Departamento de Sociologia da UFRGS, sobre a importância do projeto CUT com a Comunidade, o presidente da CUT-RS apresentou as linhas gerais da iniciativa, que foi construída logo após o início da pandemia do coronavírus.

Além de doar cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social na periferia de Porto Alegre, o projeto visa fortalecer a atuação da CUT nos territórios, levando solidariedade e organizando a luta por direitos. Vários sindicatos e federações estão integrados e já está sendo implantado também no interior gaúcho. 

Houve ainda aprovação por consenso de moções e emendas ao caderno nacional de debates.

Foi exibido um vídeo produzido pela jornalista Carolina Lima, da Secretaria de Comunicação da CUT-RS, com depoimentos de lideranças comunitárias sobre a importância do projeto.

Reforçar a luta

O secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS, Claudir Nespolo, fez uma apresentação sobre as principais estratégicas organizativas para o próximo período, destacando a organização do sindicato dos motoristas de aplicativos, o Simtrapli-RS.

Carolina Lima/ CUT-RSCarolina Lima/ CUT-RS

O secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antônio Güntzel, enfatizou a necessidade de continuar o trabalho de efetuar novas filiações de sindicatos, bem como de trazer de volta entidades que se afastaram.

O secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, destacou o lançamento do mutirão das brigadas digitais no aniversário dos 38 anos da CUT. Trata-se de importante projeto de comunicação e formação, com o objetivo é formar cerca de 60 mil dirigentes sindicais para atuar nas redes sociais, a fim de ampliar a divulgação do conteúdo produzido pela CUT, combater as fake news e ganhar corações e mentes para a defesa dos direitos e da democracia.

Apoio de personalidades e entidades

Houve exibição de vídeos de saudações de centrais sindicais, de movimentos sociais, do deputado estadual Edegar Pretto (PT), do senador Paulo Paim (PT), do ex-governador Tarso Genro e ex-presidente Lula.

Também foram exibidos vídeos com saudações do padre Edson Thomassim (Edinho), da pastora evangélica luterana Cibele Kuss e do babalaorixá do povo de terreiro, Baba Diba de Iyemonja, que integram o Grupo de Diálogo Inter-Religioso de Porto Alegre.

A coordenação dos trabalhos foi da secretária-geral adjunta da CUT-RS, Cleonice Back, e do assessor da Executiva da CUT-RS, João Marcelo, e a coordenação da Plenária Estadual foi integrada pelos dirigentes Amarildo Cenci, Vitalina Gonçalves, Paulo de Farias, Claudir Nespolo, Antônio Güntzel, Everton Gimenis, Maria Helena de Oliveira e Marcelo Carlini. 

Carolina Lima/ CUT-RSCarolina Lima/ CUT-RS
Secretária-geral adjunta da CUT-RS, Cleonice Back

 

Confira no vídeo as palavras do presidente da CUT -RS, Amarildo Cenci.