2,9 milhões de trabalhadores pediram demissão de janeiro a maio deste ano
A maioria dos pedidos voluntários de demissão é de profissionais com mais tempo de estudo que atua na área de tecnologia da informação
Publicado: 11 Agosto, 2022 - 16h25 | Última modificação: 11 Agosto, 2022 - 18h53
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
Apesar da taxa de desemprego acima de dois dígitos e das dificuldades de se recolocar no mercado de trabalho que a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras enfrenta, de janeiro a maio deste ano, 2,9 milhões de pessoas pediram demissão para correr atrás de melhores condições de trabalho e salário.
Este é o maior número de demissões voluntárias desde 2005 e a maior participação no total de desligamentos - 33,48%, segundo estudo feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), publicados pelo G1 nesta quinta-feira (11).
De acordo com o estudo, os que mais pediram demissão foram os trabalhadores da área de Tecnologia da Informação(TI) com mais anos de estudo.
. 48,2% dos pedidos de demissões foram feitos por trabalhadores de nível superior;
. 25,4% tem o ensino fundamental incompleto;
. 57,3% do total dos que pediram demissão são do sexo masculino;
. 42,7% são mulheres.
A pesquisa mostrou que também houve aumento na proporção de pedidos de demissão em todas as faixas de idade.
Entre os motivos para os pedidos de demissão estão:
- preferência por novas modalidades de trabalho
- globalização do mercado, com a possibilidade de profissionais brasileiros atuarem em empresas estrangeiras sem sair do país
- maiores salários
- questões pessoais
- busca por novos desafios profissionais
Quem mais se demitiu
Seis das dez ocupações no topo do ranking são da área de Tecnologia da Informação
: engenheiro de aplicativos em computação, analista de desenvolvimento de sistemas, administrador em segurança da informação, programador de sistema de informação, engenheiro de sistemas operacionais em computação e gerente de projetos de tecnologia da informação.