Escrito por: Denise Veigas, especial para o Portal CUT

200 agricultores familiares do Paraná reforçaram o ‘bom dia, presidente Lula’

Trabalhadores e trabalhadoras encerraram a 4ª edição da Caravana da Agricultura Familiar na Vigília Lula Livre, em Curitiba, onde prestarão solidariedade ao ex-presidente, o que mais fez pela categoria

Gibran Mendes, da CUT-PR

Cerca de 200 agricultores familiares do Paraná reforçaram o ‘bom dia, presidente Lula’ desta sexta-feira (25). Eles chegaram cedo a Curitiba, após percorreram cerca de 1.300 quilômetros na 4ª edição da Caravana da Agricultura Familiar.

A Vigília Lula Livre, instalada nas proximidades da sede da Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-presidente Lula é mantido preso político desde o dia 7 de abril, ficou repleta de trabalhadores e trabalhadoras, todos ansiosos por expressar gratidão ao único presidente que construiu políticas públicas para os agricultores familiares, que não tinham sequer uma lei que os reconhecesse como categoria profissional.

“Foi justamente no governo Lula que foi instituída a lei 11.326 que reconhece os agricultores familiares como uma categoria profissional e econômica”, disse Marcos Rochinski, coordenador geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar no Brasil (Contraf).

Segundo ele, foi essa lei que possibilitou um conjunto de políticas públicas de crédito, assistência técnica, comercialização, de moradia, de acesso a água e de energia elétrica.

“Lula foi um presidente com sensibilidade para negociar com os movimentos sociais e com nossas organizações construindo uma lógica de desenvolvimento rural que fortaleceu e valorizou o conjunto de agricultores familiares”, explicou Marcos, lamentando o desmonte das políticas na gestão golpista.

“Hoje, estamos passando por um momento de desmonte. A primeira atitude do Temer golpista quando assumiu foi acabar com o Ministério Agrário. A partir de então, houve um desmonte praticamente generalizado das políticas de assistência técnicas, de crédito e de habitação rural”, afirmou o dirigente.

Ele conta que Temer e sua equipe reduziram de forma significativa o número de contratos do Pronaf e que a assistência técnica que tinha historicamente um orçamento de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões caiu para R$ 100 milhões.

 “Nós tínhamos passivos de pagamento de assistência técnica de R$ 60 milhões que nossas organizações já haviam realizado trabalho e o governo sequer paga pelo serviço já prestado. Os programas de comercialização, principalmente, o programa de aquisição de alimentos que nós tínhamos em um patamar de R$ 800 milhões por ano, na proposta orçamentária que o governo mandou para o Congresso, em 2018, foi reduzido para R$ 750 mil reais”, pontua Marcos.

“Isso tudo é uma política clara de acabar efetivamente com o que foi construído nos governos Lula e Dilma, reduzindo basicamente a lógica da agricultura familiar. Há políticas assistências, mas não de valorização e não fortalecer o desenvolvimento sócio econômico desta importante categoria”.

Com tudo isso, não tem como não se solidarizar, ser grato e lutar pela liberdade de Lula e pelo direito dele ser candidato nas eleições presidenciais deste ano. É por isso, que os agricultores e agricultoras familiares participaram com ênfase do “bom dia, presidente Lula”, comandado pelo coordenador da Fetraf, Neveraldo Olboni, e pela presidente da CUT-PR, Regina Cruz. Lula, com certeza, ouviu e ficou feliz com a gratidão da companheirada, acreditam os trabalhadores e trabalhadoras que estarão neste domingo no ato de pré-lançamento oficial da candidatura de Lula a presidência da República.