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22 de novembro: dia de mobilizar os trabalhadores em defesa da aposentadoria

Nesta quinta-feira (22), ocorre a primeira atividade da campanha permanente em defesa da Previdência e da Seguridade Social lançada pela CUT e demais centrais sindicais

Publicado: 21 Novembro, 2018 - 17h21 | Última modificação: 21 Novembro, 2018 - 18h15

Escrito por: Tatiana Melim

Roberto Parizotti
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Nesta quinta-feira (22), ‘Dia Nacional de Mobilização em defesa da Previdência e da Seguridade Social’, a CUT e outras oito centrais sindicais (Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, CSP-Conlutas, NCST, UGT e CGTB) realizarão mobilizações em todo o Brasil contra a reforma da Previdência que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já declarou diversas vezes que pretende tratar como prioridade assim que assumir o cargo em janeiro de 2019. 

Serão realizados protestos, assembleias e panfletagem nos locais de trabalho, diálogo nas ruas com a população e panfletagem em praças públicas e locais de grande circulação. Essa será a primeira manifestação da campanha permanente em defesa da Previdência, lançada no último dia 12 pela CUT e demais centrais sindicais. Um documento com os princípios gerais para a garantia da universalidade e do futuro da Previdência e da Seguridade Social também foi divulgado pelas entidades sindicais (confira aqui).

Proposta de Bolsonaro pior que a de Temer

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a reforma de Bolsonaro é ainda pior do que a proposta feita pelo ilegítimo Michel Temer (MDB) em 2017 e engavetada em abril do mesmo ano, após pressão dos trabalhadores e trabalhadoras que paralisaram o Brasil na maior greve geral da história do país.

“Bolsonaro quer trazer para o Brasil o modelo de capitalização da previdência que levou milhares de chilenos à miséria. Muitos não conseguiram se aposentar e outros ganham metade do salário mínimo”, diz o presidente da CUT, se referindo ao modelo adotado pelo Chile na década de 1980, a chamada capitalização da Previdência, onde o trabalhador é obrigado a aderir aos chamados fundos de pensão para fazer uma poupança pessoal sem a contribuição dos patrões e do governo.

“Se o trabalhador não contribui por alguns meses por ter ficado muito tempo desempregado, fazendo bicos ou totalmente sem renda, nunca conseguirá se aposentar”, critica Vagner.

Não  queremos a classe trabalhadora brasileira recebendo R$ 500 ou R$ 600 de aposentadoria
- Vagner Freitas

“Queremos a Previdência pública. A manutenção do modelo de repartição, onde os trabalhadores que estão na ativa contribuem para que os aposentados, que já contribuíram, recebam o benefício. Nesse modelo tem contribuições dos trabalhadores, empresas e governo e há a garantia de, pelo menos, os benéficos sejam atrelados ao salário mínimo”.

Para isso, diz o presidente da CUT, é fundamental que a classe trabalhadora atenda ao chamado das centrais sindicais e se mobilize em todo o país em defesa das aposentadorias. Segundo Vagner, a defesa do maior patrimônio da classe trabalhadora, que, segundo ele, é a Previdência pública, será a primeira e principal batalha que os trabalhadores e trabalhadoras irão travar com o governo após o processo eleitoral.

“É muito importante a participação dos sindicatos e dos trabalhadores e trabalhadoras para barrar qualquer proposta que acabe com a nossa aposentadoria, assim como fizemos no ano passado. Por isso, é fundamental a dedicação de todos na realização de assembleias, diálogos, panfletagem e todo o tipo de atividade que tenha o objetivo de esclarecer a população sobre os riscos que a proposta de Bolsonaro representa para as aposentadorias”.

Atividades nos estados

Além de assembleias e panfletagens nos locais de trabalho, confira algumas cidades com atividades públicas programadas:

Bahia (BA) - a partir das 9h, em frente ao Mercado Modelo. Em Salvador, os protestos vão ocorrer no Comércio e na Cidade Baixa, além da Região Metropolitana e outras cidades do interior do estado.

Ceará (CE) - a partir das 8h, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Rua 24 de Maio, 176, centro).

Mato Grosso do Sul (MS) - a partir das 9h, em frente à sede da Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

Paraná (PR) - Em Curitiba, das 11h às 14h, um ato público será realizado na Esquina da Democracia, no calçadão da Rua XV de Novembro com a Rua Monsenhor Celso

Pernambuco (PE) - a partir das 8h, em frente à sede da antiga DRT, na Av. Agamenon Magalhães, bairro do Espinheiro.

Rio Grande do Sul (RS) - a partir das 7h30, panfletagem do jornal das centrais no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAF), em Porto Alegre.

Sergipe (SE) - Em Aracaju, a partir das 8h, o ato será no calçadão da João Pessoa/Geru.

São Paulo (SP) - Em Osasco, haverá panfletagem pela manhã na estação de trem de Osasco.  Às 12h, panfletagem no Bradesco da Cidade de Deus e a tarde a panfletagem será em alguns semáforos de Osasco.

- Em Rio Preto, a panfletagem será no Terminal Urbano a partir das 17 horas, com carro de som

- No centro de Bauru, haverá panfletagem com concentração às 8h, na Rua Azarias Leite, 70-75