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49% dos brasileiros são contra a privatização da Petrobras, diz pesquisa Ipespe

Para 44%, os preços vão aumentar se estatal for privatizada

Publicado: 20 Maio, 2022 - 15h02 | Última modificação: 20 Maio, 2022 - 15h16

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Roberto Parizotti (Sapão)
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A rodada da pesquisa Ipespe encomendada pela XP Investimentos, divulgada nesta sexta-feira (20), que mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 44% das intenções de voto, também ouviu os brasleiros sobre o que eles acham da privatização da Petrobras. 

49% dos enrevistados disseram ser contra a privarização da petroleira, anunciada pelo novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sacshida.  

Para 44%, se a estatal for privatizada os preços vão aumentar ainda mais.

Quem apostou na alta, acertou. A privatização da Refinaria Landulfo Alves (Rlam), atual Refinaria Mataripe, está engolindo o poder de compra dos baianos, que estão pagando pelos combustíveis preços ainda maiores do que os praticados pela Petrobras.

De abril do ano passado a abril deste ano, o óleo diesel da Petrobras acumula alta de 53,58, contra 58% do de Mataripe. Os aumentos da gasolina acumulam alta de 31,22% na Petrobras contra 48% de Mataripe.

Mesmo assim, o governo de Jair Bolsonaro (PL) defende a privatização da estatal com o falso argumento de que pode  conter a disparada dos preços dos combustíveis.

Além da tragédia baiana, o governo ignora que os reajustes praticados pela Petrobras seguem a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), criada pelo ilegítimo Michel Temer (MDB) e mantida por Bolsonaro.

O Ipesp também perguntou quem os entrevistados consideravam  responsável pela disparada dos preços dos combustíveis.

Para 64% a culpa é da Petrobras, cujo maior acionista é o governo federal, que manteve a PPI.

Outros 45% culpam diretamente Bolsonaro.

Veja outros dados da pesquisa

38% dos entrevistados declararam ser favoráveis à privatização da Petrobras e 13% não souberam ou não quiseram responder.

Para 26%, os preços vão continuar altos e 19% disseram achar que eles podem diminuir.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa IPESPE foi realizada no período de 16 a 18 de maio de 2022.

Foram ouvidas 1.000 pessoas, de 16 anos ou mais, de todas as regiões do País.

As entrevistas foram telefônicas através do Sistema CATI IPESPE.

A margem de erro da pesquisa é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-08011/2022.