+ 5,2%: Venezuela registra crescimento do PIB...

A economia venezuelana cresceu 5,2% durante o terceiro trimestre de 2012 – o oitavo trimestre consecutivo com taxa média de 4,7% - impulsionada pelo investimento social do governo federal e o desenvolvimento da atividade privada interna em quase todos os setores produtivos.

Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa sobre a evolução do Produto Interno Bruto pelo presidente do Banco Central da Venezuela (BCV), Nelson Merentes, e o ministro de Planificação e Finanças, Jorge Giordani. A expectativa é de que a Venezuela feche o ano com um PIB de 320 bilhões de dólares, mais do que o triplo do que tinha o país em 1998, quando se situava em pouco mais de 90 bilhões de dólares.

Conforme Merentes, “é muito importante continuar trabalhando duro para fazer sustentável este tipo de aumento”.

Segundo o informe, a atividade não petroleira passou de 4,8% no terceiro trimestre de 2011 para 5,4% no mesmo período deste ano, enquanto que a petroleira cresceu de 0,3% a 1,1%.

Da mesma forma, o crescimento do setor privado da economia foi de 5,7%, enquanto o setor público registrou 3,4%. Entre os destaques da atividade não petroleira se destacam as instituições financeiras com 35,9%; construção 12,6%; comércio 9,7%; serviços comunitários 7,8% e comunicações 6,9%, que se mantém de vento em popa por 35 trimestres consecutivos.

Na avaliação de Jorge Giordani, o país entrou “numa nova fase de crescimento da economia”, com as projeções indicando que a Venezuela superará os 5% previstos inicialmente. O avanço da economia não petroleira-não financeira privada, cujo peso é de 57,3% no cálculo do PIB, foi de 6,1%. "Esta cifra tem uma incidência práctica de quase dois terços do crescimento total da economia)", declarou o ministro da Planificação, lembrando também do avanço do setor de serviços, com 5,5%, que registrou crescimento durante 39 trimestres sucessivos.

"Isso é produto da política social inclusiva que tem mantido o presidente Chávez desde fevereiro de 1999, de mais de 500 bilhões de dólares, que incide nos setores de saúde e educação, fundamentalmente", assinalou Giordani.

Da mesma forma, o informe revela que a demanda global da economia registrou alta como consequência do maior poder aquisitivo dos venezuelanos, o qual se "reverte sobre bens de consumo e aí vemos o crescimento de certas indústrias de caráter nacional, assim como pequenas indústrias e empresas que têm se transformado em médias".

O presidente do BCV, Nelson Merentes, assinalou que a tendência de crescimento da economia e desaceleração da inflação se manterá pelo quarto trimestre e também para 2013, quando ficará entre 14% e 16%, inferior aos 17,9% da inflação anualizada em outubro e bem menor do que os 20-22% projetados para o exercício fiscal de 2012.