62% dos beneficiários do Auxílio Brasil afirmam que jamais votariam em Bolsonaro
Entre os que ganham até um salário mínimo, o percentual dos que consideram governo Bolsonaro ruim ou péssimo é de 49% - maior do que no conjunto geral da população onde a reprovação é de 46%
Publicado: 30 Março, 2022 - 13h01 | Última modificação: 30 Março, 2022 - 14h20
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
62% dos brasileiros que recebem o Auxílio Brasil afirmam que jamais votariam no presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisa Datafolha. O percentual é sete pontos percentuais maior do que o patamar geral da pesquisa.
O Auxílio Brasil, substituto do Programa Bolsa Família, aposta de Bolsonaro para atrair os votos dos mais pobres, é avaliado como um desmonte da estrutura bem-sucedida das redes de proteção social criadas no governo do presidente Lula, como disse a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à FomeTereza Campelo ao PortalCUT.
Atendendo um número menor de pessoas, o ineficiente e confuso programa de Bolsonaro não contribuiu para melhorar a sua popularidade, como ele queria, entre os mais pobres, que reprovam mais o governo do que o conjunto da população.
De acordo com a pesquisa Datafolha, para 46% dos brasileiros o governo Bolsonaro é ruim ou péssimo. Outros 25% avaliam como bom e 28% como regular.
Entre os que ganham até um salário mínimo, o percentual de ruim ou péssimo sobe para 49%. Apenas 19% consideram o governo ótimo ou bom.
Entre nordestinos, outro alvo de Bolsonaro nas eleições, a situação é pior ainda. Para 54% dos entrevistados, o governo é ruim/péssimo.
O Nordeste é a região do país que tem mais pessoas beneficiadas pelo Auxílio Brasil - 37% dos nordestinos são contemplados pelo programa, segundo o Datafolha - e onde Bolsoanro alcança os menores números de intenções de voto.
Metodologia da pesquisa
O Datafolha ouviu 2.556 pessoas, todas com mais de 16 anos, em 181 cidades, nos dias 22 e 23 de março.
A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
A pesquisa está registrada no TSE - BR-08967/2022.