Escrito por: CUT Nacional
CUT reforma jornada em defesa do trabalho digno
No ano em que a “Jornada Mundial pelo Trabalho Decente” completa uma década de lutas e manifestações globais, sindicatos filiados à Confederação Sindical Internacional (CSI) vão às ruas denunciar o atual sistema que tem gerado o aumento brutal da desigualdade entre ricos e pobres, além de guerras e massacres por todo o mundo.
Garantir Trabalho Decente é condição fundamental para a superação da pobreza, a prevalência de uma democracia substantiva, para o pleno respeito aos Direitos Humanos e para reduzirmos as desigualdades sociais em suas especificidades geracionais, de gênero e de raça e promovermos o desenvolvimento sustentável em seus quatro pilares estratégicos: os direitos e princípios fundamentais do trabalho, a promoção do emprego de qualidade, a extensão da proteção social e o diálogo social.
Mais e melhores empregos estão relacionado diretamente com a melhoria das condições de vida e de trabalho da classe trabalhadora com o estabelecimento de novas regras mais humanas e não degradantes.
A jornada coincide com o mesmo período que a ONG Inglesa Oxfam divulga um estudo sobre a desigualdade entre ricos e pobres no Brasil em que apenas seis cidadãos concentram a mesma riqueza de 100 milhões de brasileiros.
Os ataques movidos pelas corporações transnacionais, pelo sistema financeiro e por governos cada vez mais submissos à cartilha do grande capital têm significado redução dos direitos dos trabalhadores, ampliado a precarização e esses inaceitáveis níveis de desigualdade e de concentração de renda.
O governo Temer tem promovido através da violência e do autoritarismo um massacre aos direitos trabalhistas, sociais e humanos jogando milhões de brasileiros a exclusão social, violência e desemprego.
A saída para a classe trabalhadora é a organização e a luta pelo restabelecimento da democracia em nosso país e a implementação de um novo modelo de desenvolvimento com Trabalho Decente para todas e todos, redistribuição de renda, fortalecimento do mercado interno, dos serviços públicos e com plena justiça social.
A CSI tem focado a jornada no dia 07 de outubro – Dia Mundial do Trabalho Decente –, na luta por aumento de salários, assim como contra as corporações que tem seqüestrado nossas democracias e ampliado as desigualdades em âmbito global e também nacional.
A Confederação Sindical das Américas (CSA) elegeu priorizar, além da luta por aumento de salários, a defesa dos sistemas públicos de proteção social que vem sendo fortemente atacados por governos neoliberais que pretendem entregar os fundos públicos ao sistema financeiro.
Considerando as orientações de nossas centrais internacionais, as quais a CUT Brasil é afiliada, neste dia 07 de outubro, nos somamos à luta por aumento de salários, denúncia da ganância das corporações, dos ataques neoliberais aos sistemas e fundos públicos de proteção social, além das nossas prioridades eleitas no último congresso extraordinário com a Campanha Nacional pela ANULAÇÃO DA REFORMA TRABALHISTA, CONTRA AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS e o #ForaTemer!
João Antonio Felicio, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI)
Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT
Ariovaldo de Camargo, secretário-adjunto de Relações Internacionais da CUT