Escrito por: Redação CUT
Operação pente-fino pode cortar principal fonte de renda de 1,7 milhão de brasileiros. Saiba o que fazer para não perder o benefício
Em plena pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 500 mil brasileiros, com desemprego em alta e inflação em disparada, a operação pente-fino do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que deixa os idosos entre os riscos de contaminação e falta de dinheiro até para se alimentar, está a todo vapor. Milhões de segurados correm o risco de ter cortados benefícios como aposentadoria, pensões e auxílio-doença. Entenda porque os benefícios podem ser cortados e o que fazer para impedir o boqueio.
O INSS já mandou cartas ameçando cortar o benefício de 700 mil dos cerca de 1,7 milhão de segurados que o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) quer que apresentem documentos para regularização da ficha cadastral. O objetivo de fato é cortar benefícios e economizar dinheiro.
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Quem não apresentar os documentos solicitados em 60 dias terá os benefícios cortados.
Segundo cálculos da Assessoria de Saúde e Previdência da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químicos da CUT do Estado de São Paulo (Fetquim-CUT), só o corte de 700 mil benefícios representa uma perda de renda de cerca de 1,2 bilhão para os trabalhadores e trabalhadoras.
Estão sendo enviadas cartas para pensionistas com mais de 80 anos, exigindo documentos atualizados de falecidos há mais de 30 anos. “Um verdadeiro escárnio”, dizem os dirigentes da Fetquim.
Ao invés de atacar na raiz os problemas do povo brasileiro, com mais políticas de emprego, menores taxas de juro, auxílio-emergencial de pelo menos R$ 600, melhorar os benefícios dos aposentados com valorização do salário mínimo com reconhecimento de direitos, o governo ataca o direito mais sagrado de aposentados e pensionistas e de quem está doente ou inválido, em plena pandemia do novo coronavírus, diz nota da Fetquim, que manifesta total repúdio a mais essa atitude insana do governo Bolsonaro
“O governo quer continuar judiando de 700 mil segurados, entre os quais aposentados, obrigando os mesmos a irem em agências, tendo dificuldades de locomoção, incentivando aglomerações. E como se isso não bastasse, ele tem espalhado o vírus e é responsável pelas 500 mil mortes pela Covid,” diz o Secretário de Saúde da Fetquim, André Alves.
Orientação para os que recebem cartas
Para que não haja o corte de seu benefício é importante, se possível, cumprir a exigência no prazo de 60 dias, para não ter de acionar a justiça federal que é extremamente morosa para o restabelecimento dos benefícios.
O que fazer ao receber a carta:
Com informações da Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim/CUT; Boletins Estatísticos da Previdência Social e Jornal Agora.