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86% dos brasileiros acreditam que o progresso depende da redução da desigualdade

Relatório da Oxfam Brasil, com base nos dados da pesquisa DataFolha, aponta como é a percepção dos brasileiros sobre a desigualdade social e questões raciais, de gênero e classe

Publicado: 08 Abril, 2019 - 11h24 | Última modificação: 08 Abril, 2019 - 11h52

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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86% da população brasileira entende que o progresso do país depende da diminuição da desigualdade entre pobres e ricos, revela relatório divulgado nesta segunda-feira (8) pela Oxfam Brasil com dados do Instituto Datafolha. Os números apontam que, em relação à pesquisa anterior, de 2017, há uma maior percepção entre os brasileiros e brasileiras de que o racismo e o machismo influenciam nas desigualdades da sociedade. 

A pesquisa foi realizada em 130 municípios espalhados por todas as regiões Brasil em fevereiro de 2019. O objetivo era compreender a percepção da sociedade em relação aos problemas de desigualdade social e como a população entende qual é o papel do Estado na resolução destas questões. 

O resultado mostra que 84% dos entrevistados concordam que é obrigação dos governos a diminuição entre os muito ricos e muito pobres, e 94% apoiam que os impostos pagos devem beneficiar os menos favorecidos. Além disso, 77% concordam com o aumento dos impostos de pessoas muito ricas para financiar políticas sociais. 

No entanto, segundo a pesquisa, ainda há uma distorção na identificação de quem são os ricos e pobres do país e também uma falta de compreensão da real desigualdade do Brasil, que está entre as maiores do mundo. 

Com a maior percepção de que às questões raciais influenciam na desigualdade, 52% dos entrevistados concordam que negros ganham menos no trabalho somente por serem negros. O relatório também indica que 71% concorda que a Justiça não funciona igual para todos os tons de pele e que os negros sofrem penas mais duras. 

Além de entender a percepção brasileira, o relatório da Oxfam, em parceria com o DataFolha, propões abrir discussões sobre como solucionar os problemas apontados na pesquisa e contribuir para aprofundar o diálogo sobre a construção de um Brasil mais justo. 

*Com informações Brasil de Fato