Escrito por: CUT
Livro fortalece solidariedade contra assassinatos e perseguições antissindicais
O secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, com Leonardo Severo
Com artigos e reportagens, a obra faz um resgate histórico do país da América Central que foi vítima do primeiro golpe de Estado na América Latina, em 1954, denunciando a ação sangrenta da CIA, que contou com a cumplicidade das agências internacionais de “informação” para acobertar os crimes cometidos contra a soberania e a democracia.
Ao implementar a reforma agrária, o presidente nacionalista Jacobo Árbenz contrariou os interesses da United Fruit Company, o que provocou a ira do governo de Washington. Colocada no comando da intervenção, a CIA contribuiu – assim como o Estado de Israel - com recursos e técnicas para as sucessivas ditaduras na Guatemala, deixando um saldo de mais de 250 mil mortos e desaparecidos.
Realizado na livraria Martins Fontes, o evento reuniu o veterano jornalista Paulo Cannabrava, que fez a apresentação do livro; Ivan Gonzalez, da Confederação Sindical das Américas (CSA); Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); Rosane Bertotti, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC); Ana Maria Rodrigues, da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM); Altamiro Borges, presidente do Barão de Itararé; Beatriz Cerqueira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais; e Valério Bemfica, do Centro Popular de Cultura da UMES (CPC), entre mais de uma centena de militantes e dirigentes da CUT, CGTB, CTB e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
“Nosso objetivo é ampliar o debate sobre a Guatemala, fortalecer a rede de solidariedade, denunciar os crimes contra os direitos humanos e as perseguições antissindicais para acabar com a impunidade e garantir justiça”, declarou Leonardo Severo, que prepara uma sucessão de lançamentos pelo país.