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A eleição de Lula é a única saída para garantir direitos

Esse foi um dos recados da mesa de abertura do Congresso Extraordinário da CUT Pará

Publicado: 03 Agosto, 2017 - 15h42 | Última modificação: 03 Agosto, 2017 - 16h00

Escrito por: Fátima Gonçalves, CUT Pará

Vera Paoloni
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 A luta é longa, passa pela eleição de Lula em 2018 e por muita reflexão e organização para enfrentar os novos desafios que estão colocados ao sindicalismo. Este foi o principal recado da mesa de abertura do Congresso Extraordinário e Plenária Estatutária da CUT Pará, na manhã desta quinta-feira (03), na praça da Cabanagem montada no Instituto Sagrada Família.

Na mística de abertura, 16 representantes de entidades e movimentos sociais apresentaram brevemente suas realidades e prioridades no contexto atual, embasando o debate sobre os “Desafios da Atual Conjuntura”.

Sérgio Nobre ao microfone e Carmen Foro, do lado esquerdo dele.Sérgio Nobre ao microfone e Carmen Foro, do lado esquerdo dele.O Secretário Geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre e o residente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), João Batista optaram por fazer uma abordagem a partir do quadro político e mostraram que não há outra saída que não seja a eleição de Lula em 2018 para que o Brasil volte a reduzir as desigualdades. “É preciso compreender o golpe e o que ele pretende. Nós temos que derrotar esta visão de país implementado pelas forças golpistas e resistir aos desmontes de direitos. E só há um plano: Lula”, enfatizou Sérgio Nobre.

Com relação a luta política no Pará, João Batista observou que, para as eleições de 2018, o PT vai lutar para construir uma aliança de esquerda com o PCdoB, PSOL e REDE. Segundo ele, a luta para derrotar o golpe é longa e é preciso fortalecer as entidades sindicais porque elas são a força do PT.

Sobre qual caminho seguir, a Vice-presidenta da CUT Nacional, Carmen Foro, e o Secretário de Formação e Organização Sindical da Confederação dos Trabalhadores em Agricultura (CONTAG), Carlos Augusto (Guto) Santos, optaram por fazer autocrítica.  Carmen Foro alertou que vivemos novos tempos e que o novo sindicalismo que a CUT representou já ficou velho. “Temos que saber como enfrentar esses novos tempos, como abordar os trabalhadores terceirizados, como enfrentar a auto-organização. Aquele nosso velho jeitinho não cabe mais agora”.

Guto da Contag defende a necessidade dos sindicatos e entidades fazerem uma reflexão do seu papel no movimento sindical de trabalhadores do campo e da cidade. “Precisamos deixar de ser corporativos e burocráticos, precisamos fazer o debate da luta de classe e investir na formação para qualificar a capacidade crítica de nossa base”.

O Congresso Extraordinário da CUT Pará encerra amanhã (04) com o debate e aprovação de um plano de lutas.

 

A luta pela democracia e contra o machismo não podem ser separadas, dizem mulheres CUTistas do Pará

A Plenária das Mulheres CUTistas do Pará fez valer a máxima de que lembrar é resistir. E foi se energizando na história de vida de 24 mulheres, que elas debateram e apontaram que o combate ao machismo em casa, no trabalho, no sindicato e em qualquer espaço não está dissociado da luta pelo resgate da democracia.

 A plenária ocorreu na tarde/noite da última quarta-feira (2), no Instituto Sagrada Família, em Ananindeua, região metropolitana de Belém, como parte da programação do Congresso Extraordinário e Exclusivo da CUT Pará.

A Secretária de Relações do Trabaho da CUT Nacional, Graça Costa observou que é fundamental se agarrar nos sonhos e exemplos de mulheres que fizeram e fazem resistência a todas as formas de opressão. Integrante da mesa que debateu sobre os “Desafios das Mulheres diante dos ataques golpistas”, Graça Costa citou que a conjuntura atual do Brasil está muito dinâmica e não há como prever o amanhã, mas indicou que o grande desafio das mulheres é o resgate da democracia, até porque são as mulheres as mais atingidas pelo golpe.

Militante da Marcha Mundial de Mulheres, Lorena Abrahão chamou a atenção para o aumento do conservadorismo que atinge a liberdade feminina. Por isso, Ádima Monteiro, da Frente Feminista, mostrou que o desafio para as mulheres será permanecer na luta, na militância, pois a jornada de trabalho ficará cada vez mais difícil.

 Presente ao evento, a Vice-presidenta da CUT Nacional, Carmen Foro deu um recado contundente: “Não dá para fazer análise de conjuntura sem levar em conta que quem mais perde com o golpe são as mulheres. E nós só temos uma saída: se organizar e lutar, conversar com a vizinhança, fazer o debate no local de trabalho e onde moramos. Precisamos reinventar as nossas entidades e lutar diariamente no nosso espaço de atuação”.

 No final, todas deram as mãos e brincaram de roda para mostrar que mulher é como água, quando junta fica forte