A luta dos trabalhadores dos Correios por direitos é de toda classe trabalhadora
Afirmação é do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, que mais do que apoio à greve, colocou a estrutura da Central à disposição da categoria para ajudar na paralisação
Publicado: 18 Agosto, 2020 - 15h41 | Última modificação: 18 Agosto, 2020 - 16h23
Escrito por: Marize Muniz
“Nós conquistamos e não abrimos mão de direitos”, disse o presidente da CUT, Sérgio Nobre, em vídeo de apoio à greve, por tempo indeterminado, dos trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos iniciada nesta terça-feira (18).
No vídeo, divulgado no início da tarde, Sérgio Nobre coloca a estrutura da CUT à disposição para ajudar na luta e convoca todos os sindicatos, federações e confederações cutistas, em especial as estaduais, “a entrarem com toda força e energia” na luta dos companheiros dos Correios, “porque a categoria precisa ser vitoriosa e servir de exemplo”.
“Fora, Bolsonaro e seu governo genocida retirador de direitos”, diz o presidente nacional da CUT, que ressalta o fato de o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) ter nomeado um general, Floriano Peixoto, para a presidência da empresa. Esse general, critica Sérgio Nobre, de “maneira irresponsável e unilateral retirou mais de 70 cláusulas do acordo coletivo da categoria em plena pandemia” do novo coronavírus, que já matou mais de 108 mil brasileiros.
O presidente da CUT destaca o serviço relevante prestado pelos trabalhadores dos Correios ao povo brasileiro, em especial neste momento em que o país sofre com a falta de um comando nacional de combate ao coronavírus. São esses trabalhadores, diz Sérgio Nobre, que levam “mantimentos, remédios e material de limpeza a todos os cantos do país, dos 27 estados, nas cidades mais longínquas, de maneira rápida. Coisa que nenhuma empresa de logística teria condição de fazer no nosso país”. E os trabalhadores dos Correios fazem isso “heroicamente porque ao sair, arriscam a saúde, suas vidas e as de suas famílias também porque podem levar o vírus para sua casa”.
Para Sérgio Nobre, os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios têm compromisso com povo brasileiro, ao contrário de Bolsonaro e do general que, “de forma cruel e responsável tiveram coragem de retirar direitos fundamentais da categoria, como vale alimentação, o auxílio creche e licença maternidade de 180 dias.”.
O presidente nacional da CUT criticou ainda a retirada do adicional de risco de 30%, que é uma conquista histórica da categoria. Para Sérgio, foi “uma covardia, uma crueldade com os trabalhadores nos Correios, que não pode passar em branco”.
“A greve dos trabalhadores e trabalhadoras nos Correios é de toda a classe trabalhadora brasileira”, conclui.
Confira o vídeo na íntegra.