Escrito por: Vagner Freitas, presidente Nacional da CUT

A luta é diária e em todo lugar. Neste dia 13 será nas ruas, diz Vagner

 Resistência e luta organizada, unificada e incansável, nos sindicatos, locais de trabalho, universidades. Na cidade e no campo. Essa é a caminhada de quem defende os trabalhadores, a soberania e a democracia

Roberto Parizotti/CUT

O presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, convoca, por meio de artigo, todos os brasileiros e brasileiros a irem as ruas nesta terça-feira (13), Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves Contra a Reforma da Previdência, Em Defesa da Educaçãoa e por Empregos.  

No texto, Vagner lembra dos desmandos do governo de Jair Bolsonaro, ressalta que o caminho a seguir é a resistência e a luta incansável e alerta que ainda dá para virar o jogo e salvar a Previdência Social. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), nome oficial da reforma da Previdência, foi aprovada na Câmara dos Deputados em dois turnos, mas para ser promulgada precisa ser aprovada também em dois turnos pelo Senado.

Confira a íntegra do artigo: 

A luta é diária e em todo lugar. Neste dia 13 será nas ruas

Nesta terça-feira, 13 de agosto, a CUT, demais centrais sindicais, movimentos sociais, estudantes, professores, trabalhadores e trabalhadoras voltam às ruas para mais uma batalha contra o desmonte da Educação, em defesa do direito à aposentadoria, dos direitos sociais e  pela classe trabalhadora.

Esse é caminho a seguir: resistência e luta organizada, unificada e incansável. Todos os dias, nas ruas, sindicatos, locais de trabalho, universidades. Na cidade e no campo. Essa é a caminhada do povo e de todas as instituições que defendem a soberania e a democracia brasileira, unidos na luta pelo crescimento sustentável da economia, pelo direito de a população ter trabalho decente e acesso a serviços essenciais de qualidade, com liberdade de ação e expressão.

A luta dos sindicatos, dirigentes e da militância da CUT é imprescindível ao País neste momento de ataques sem precedentes aos direitos dos trabalhadores e da maioria da população, em especial os mais pobres.  Dezenas de dados apontam um Brasil ferido, doente, rumo ao caos instalado pelo precário governo Bolsonaro em meio a uma crise global.

Não podemos esquecer por um minuto dos quase 13 milhões de desempregados, dos mais de 28 milhões de “subutilizados” e que outras dezenas de milhões de desalentados que sobrevivem de bico, à beira da miséria e da indigência. Nem que todos os dias alguma notícia absurda vinda do governo federal revela mais um ataque aos cidadãos e à cidadania.

Nada disso, porém, pode minar a resistência. Por isso, na véspera desse dia nacional de paralisação e mobilização, a CUT e seus entes reforçam o chamamento para a luta. Jovens, idosos, mulheres, desempregados,  trabalhadores, todos, de alguma forma, sofrem na pele as consequências das ações nefastas do governo Bolsonaro, dos golpes baixos vindos dos três Poderes que deveriam proteger a nação e os brasileiros, mas não o fazem. Ao contrário.

Vamos às ruas neste 13 de agosto com a cabeça em pé, com a certeza de que lutamos de todas as formas contra a aprovação da reforma da Previdência (pela Câmara dos Deputados). Seguiremos lutando até o último voto no Senado. E depois do último voto também.

O governo pode utilizar suas prerrogativas e sacar bilhões de reais em emendas e benesses aos seus aliados para tentar garantir os votos necessários à aprovação de seus desvarios e desmandos, em prejuízo da classe trabalhadora. Mas nós também somos milhões de homens e mulheres determinados a lutar, e não começamos a lutar ontem. Sabemos o que fazer, pois a luta será longa e árdua, dependerá de muita mobilização e organização. Será diária, em todos os lugares. Amanhã esse lugar será a rua.

Boa luta a todos e todas.

Vagner Freitas, presidente nacional da CUT