Escrito por: Redação CUT
A eleição realizada em 57 municípios registrou abstenção maior que no primeiro turno, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou 23,1% de abstenção – o maior índice em 20 anosA
O percentual de abstenção bateu recorde neste domingo (29), dia do segundo turno das eleições 2020 e venceu no Rio de Janeiro, em Goiânia e em São Paulo, com 29,5%. Um recorde para as eleições brasileiras.
Um crescente descontentamento do eleitor com a política e a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) são os motivos mais frequentemente apontados por analistas para a queda no índice de comparecimento do eleitor às urnas neste ano, mas muita gente foi a praia, contribuiu para formar aglomerações e não usou máscaras.
A eleição realizada em 57 municípios registrou abstenção maior que no primeiro turno, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou 23,1% de abstenção – o maior índice em 20 anos.
Os dois maiores colégios eleitorais também registraram forte ausência de eleitores neste domingo: São Paulo anotou abstenção de 30,8%, enquanto no Rio de Janeiro esse índice chegou a 35,45%. No caso carioca, o total de 1,72 milhão de eleitores que não foram às urnas supera o total de 1,62 milhão de votos que elegeram Eduardo Paes para quatro anos de prefeitura.
Em SP, o total de eleitrores que não foi votar foi de 3.649.457, mais do que os votos conquistados pelo prefeito reeleito, Bruno Covas (PSDB), que teve 3.169.121 votos - Guilherme Boulos (Psol), teve 2.168.109 votos.
O fenômeno também se repetiu em outras cidades, tais como Goiânia – que teve 356 mil eleitores ausentes, enquanto Maguito Vilela foi eleito com 256 mil votos. Em São João do Meriti, na baixada fluminense, a abstenção foi de 120,8 mil, enquanto Dr. João (DEM) foi eleito com 122 mil votos.