AcIT se une à empreitada internacional contra o golpe

Durante reunião da Coordenação do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos (AcIT) de 12 e 13 de março em Paris foi informado pelos companheiros brasileiros da ofensiva em marcha contra as organizações sindicais, como a CUT, contra partidos políticos que se reivindicam dos interesses da classe trabalhadora, particularmente o PT, contra a UNE (União Nacional dos Estudantes), o Movimento dos Sem Terra (MST) e outras organizações operárias e populares no Brasil.

Essa ofensiva da direita pró-imperialista é apoiada pela mídia sob controle de grupos privados e toma a forma da criminalização da luta social a partir do aparelho judiciário.

Os ataques contra essas organizações de luta do povo brasileiro ganharam maior intensidade desde que, na manhã  de 4 de março de 2016, a polícia federal deteve o ex-presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva, um dos fundadores do PT e também da CUT, liberado depois de tres horas de interrogatório. Trata-se de um ato sem precedentes que pisoteia os direitos civis e democráticos, independentemente da posição que cada um possa ter sobre as politicas aplicadas no Brasil.

Em nome da « luta contra a corrupção » é uma nova etapa que se abriu na escalada de ataques contra o conjunto do movimento operário e popular no Brasil. Nos últimos dias as sedes da CUT, PT e UNE foram vandalizadas, gerando assim um clima de confrontação. A CUT lançou uma campanha internacional contra esses ataques.

Nós, Coordenação do AcIT, pedimos a todas as organizações e militantes que se identificam conosco a tomarem posição contra essa ofensiva e em defesa das organizações operárias e populares do Brasil, enviando mensagens à CUT (e-mail : sri@cut.org.br) com cópia ao AcIT.

Paris, 13 de março de 2016
Coordenação do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos*

*Presentes na reunião de 12 e 13 de março em Paris os seguintes membros da Coordenação do AcIT : Louisa Hanoune (PT da Argélia), Salah-Salah (Conselho Nacional Palestino) ; Lybon Mabasa (SOPA da África do Sul) ; Julio Turra (da CUT Brasil) ; Patrick Hebert (da CGT-FO da França) ; Jordi Salvador (deputado da Esquerda Republicana, Espanha); Dan Moutot e Joufré (POI França), Tetevi Gbikpi-Benissan (sindicalista do Togo) e Gothart Krupp (do Ver.di Alemanha).