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Acompanhe a votação do TSE sobre a inelegibilidade de Bolsonaro, a partir das 19h

Ação se baseia no evento que Bolsonaro promoveu com embaixadores de dezenas de países, no Palácio da Alvorada, em 18 julho de 2022, quando atacou o sistema eleitoral

Publicado: 27 Junho, 2023 - 17h22 | Última modificação: 27 Junho, 2023 - 17h31

Escrito por: RBA

Antonio Cruz / Agência Brasil
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma, nesta terça-feira (27), a partir das 19h, o julgamento da ação que analisa a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

A sessão plenária poderá ser acompanhada ao vivo pelo canal do TSE no YouTube.

O julgamento teve início na última quinta-feira (22), data em que foi apenas lido o relatório do ministro Bento Gonçalves. Moraes suspendeu a sessão por ter compromissos no STF. 

Nesta noite de terça-feira, o primeiro voto é do relator ministro Benedito Gonçalves. Depois votam Raul Araújo que ganhou notoriedade na Justiça Eleitoral por decisões favoráveis e polêmicas a Bolsonaro em 2022. Por exemplo, ele proibiu manifestações políticas contra o então presidente por artistas no festival Lollapalooza. Em seguida vem Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e, por último, o presidente do TSE Alexandre de Moraes.

Os ministros Nunes Marques e Raul Araújo são as esperanças do ex-presidente. Se a derrota na Corte eleitoral é dada como certa, o bolsonarismo acredita que os dois magistrados podem, pelo menos, votar a seu favor ou mesmo pedir vista, interrompendo o julgamento. O prazo para o ministro devolver o processo se pedir vista é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Se isso acontecer, o julgamento pode ficar suspenso por cerca de 90 dias, já que nesse tempo há ainda o recesso do judiciário em julho.

Autor da ação, o PDT se baseia no evento que Bolsonaro promoveu com embaixadores de dezenas de países, no Palácio da Alvorada, em 18 julho de 2022, quando atacou o sistema eleitoral.

Em sua acusação, o advogado do PDT, Walber Agra, chegou a citar o livro Ensaio sobre a cegueira, do escritor português José Saramago. “Vamos entrar novamente em estágio de cegueira coletiva? Houve uma reunião com claro desvio de finalidade para desmoralizar as instituições, e de forma internacional, o que é grave”, afirmou.

A depender do desenrolar da votação, é possível que uma nova sessão seja marcada para a próxima quinta-feira (29).

 Este texto foi editado a partir do original da RBA.