Escrito por: FUP
Desde maio, a FUP já solicitou quatro vezes a prorrogação do ACT
Com proposta feita por representantes visivelmente reféns à gestão Castello Branco, a atual administração ignora a organização dos trabalhadores que vem acontecendo nos congressos regionais e mais uma vez insiste em enfiar goela abaixo as mudanças no ACT 2020-2021 sem negociar previamente com os petroleiros e petroleiras. “Não é só Castello Branco e seus afilhados trazidos para a gestão que nos envergonham. Ficamos envergonhados, também, com alguns gerentes de carreira que se venderam e estão submissos e empenhados em atacar os demais trabalhadores que constroem esta Petrobrás"... foi a fala de Fafá Viana, diretora da FUP e do Sindipetro RN, importante para chamar atenção dos gerentes que se posicionam do lado errado da história mas que também se beneficiam do resultado da luta da categoria.
“Não consideraremos os pontos apresentados na reunião de hoje, dia 30, sem antes discutir com a categoria. ” Afirmou Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, a pauta de reivindicações da categoria será aprovada nos congressos estaduais/regionais para culminar no CONFUP. “O desrespeito não é apenas com a representação sindical e sim com toda a categoria. Querem retirar direitos e respaldar ações antissindicais via Acordo Coletivo de Trabalho, em meio à pandemia e sem prorrogação do ACT para não termos uma mesa de negociação com o mínimo de correlação de forças. ” Desde maio, a FUP já solicitou quatro vezes a prorrogação do ACT.
O RH não apresentou nada sobre teletrabalho e quer impor essa mudança sem ouvir os trabalhadores nem negociar com as entidades sindicais, que com certeza vão defender os anseios da categoria. Sabemos dos momentos tenebrosos que as petroleiras e petroleiros vivem, e exatamente por isso há que tomar cuidado no que vai ser discutido nos congressos, são suas deliberações que vão pautar o processo de negociação. Será o entendimento dos trabalhadores e trabalhadoras que vai mostrar a real necessidade diante do momento de pandemia em que se vive. “Precisamos de garantias mínimas para manter a estabilidade dos trabalhadores neste momento de crise, são eles que no dia a dia prestam seu serviço à empresa e ao Brasil. ” Afirmou Fernando Maia, diretor da FUP e Sindipetro RS.
Vale lembrar que 37% das denúncias na ouvidoria da empresa tratam sobre violência no trabalho, ou seja, os petroleiros estão revoltados com o tratamento e condução da gestão atual da Petrobras. “Em nome da construção histórica do nosso acordo coletivo de trabalho, não aceitaremos esse desrespeito à categoria, imposições à nossa forma de organização nem a destruição da Petrobrás que ajudamos a construir. ” Concluiu Deyvid.
Assista à fala do coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros: