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Adriana Accorsi (PT-GO) sofre ameaças de morte: "quero saber o dia do seu velório"

A deputada estadual em Goiás, que é delegada, notificou a Ouvidoria da Mulher do TRE-GO sobre as ameaças de morte a ela e a sua família

Publicado: 13 Agosto, 2022 - 10h24 | Última modificação: 13 Agosto, 2022 - 10h36

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Reprodução/Redes sociais
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Candidata a deputada federal pelo PT-GO, a deputada estadual em Goiás Delegada Adriana Accorsi e sua família sofreram ameaças de morte. Em uma publicação feita pela parlamentar no Facebook, no último dia 8, um dos comentários chamou atenção: "quero saber o dia do seu velório", escreveu um usuário, que tem no perfil uma foto ao lado de Jair Bolsonaro (PL) e se diz morador de Senador Canedo, a 28 quilômetros da capital Goiânia.

A parlamentar notificou a Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) e a Polícia Civil que investigará as denúncias.

"Goiás é um ambiente mais difícil para mulheres participarem da política, o que se reflete na pouca participação feminina nos pleitos. Ainda assim, eu vejo que essa violência é insuflada pelas autoridades nacionais e tem acontecido em todo o País", disse Adriana Accorsi ao jornal O Estado de S.Paulo

No passado, as filhas de Adriana foram citadas em comentários ameaçadores nas redes sociais. Em 2020, ela registrou boletim de ocorrência após mensagens no Instagram dizendo que “não existe policial esquerdista", "sua família é fácil de ser encontrada" e, numa outra mensagem, afirmando: "Comunista (sic) já comprou caixão da Verônica e da Helena?", citando as filhas da delegada.

De acordo com a deputada estadual, este caso de dois anos atrás terá julgamento final no próximo mês. A delegada afirmou ter convivido por algum tempo com ameaças devido ao seu trabalho na segurança pública, mas nunca antes havia tido qualquer ameaça direcionada a familiares.

Violência política

Dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral (OVPE) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro mostram que, apenas no primeiro semestre de 2022, foram registrados 224 casos de violência contra lideranças políticas. Segundo os pesquisadores, o tipo mais recorrente de violência tem sido a ameaça, que representou 36,6% dos casos relatados entre abril e junho deste ano. Na sequência, aparecem agressões (26,7%).

O levantamento é feito pelo OVPE com base em monitoramento diário da imprensa. Os casos contabilizados são referentes a políticos no exercício do mandato, ex-políticos, candidatos, pré-candidatos, ex-candidatos e assessores e funcionários da administração pública federal, estadual e municipal.