Aeronautas recusam proposta da Azul de trocar folga por vale-alimentação
Companhia aérea, que vive crise por causa da falta de trabalhadores contaminados, queria reduzir folgas de funcionários em troca de vale-alimentação de R$ 463,21
Publicado: 13 Janeiro, 2022 - 11h51 | Última modificação: 13 Janeiro, 2022 - 11h55
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
Os pilotos e comissários da companhia aéra Azul, que vive crise por causa da falta de trabalhadores contaminados pela Covid-19 e pela Influenza (H3N2), recusaram nesta quarta-feira (12) a proposta da empresa de reduzir o número de folgas dos meses de fevereiro e março, em troca de um vale-alimentação mensal de R$ 463,21.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a Azul havia proposto um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que envolvia, além da redução facultativa do número de folgas, a publicação de escalas quinzenais e não mais mensais, como de praxe.
Apresentada na noite de segunda-feira (10) em live do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a proposta foi uma tentativa da Azul de minimizar o impacto da redução da equipe. O número de atestados de licença de trabalhadores por Covid ou gripe aumentou mais de 400% este ano, o que já provocou o cancelamento de 765 voos da Azul só entre os dias 6 e 12 de janeiro.
De acordo com a reportagem, a situação da companhia aérea é a mais crítica, porque a empresa já trabalhava com 100% da sua capacidade. A Azul já começou o processo de contratação de aeronautas, especialmente comissários de bordo, mas o processo leva tempo, por se tratar de uma mão de obra muito especializada.
Segundo Ondino Dutra, presidente do SNA, mais de 2 mil aeronautas participaram da votação e, destes, 74% responderam não à proposta.