MENU

Agentes de Saúde fazem greve nacional na terça, dia 20

Trabalhadores querem reajuste do piso salarial nacional, congelado desde 2014.

Publicado: 16 Junho, 2017 - 23h33 | Última modificação: 22 Março, 2018 - 20h01

Escrito por: Ascom CNTSS/CUT

CNTSS/CUT
notice

Na terça-feira, 20 de junho, os ACSs - Agentes Comunitários de Saúde e os ACES – Agentes de Combate às Endemias de todo os país farão uma greve para lutar por seus direitos. A greve, que está sendo convocada pela FENASCE - Federação Nacional de Agentes de Saúde e de Combate às Endemias, entidade filiada à CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, tem como pontos centrais de sua pauta de reivindicação o reajuste do piso salarial nacional, que está congelado desde que foi criado, em 2014, e a formação de uma mesa nacional de negociação para discutir o piso e as demais demandas da categoria. Os atos e manifestações serão descentralizados pelos Estados e municípios.

A greve foi aprovada em assembleia realizada pela FENASCE em 19 de maio. Em reunião de planejamento da direção da CNTSS/CUT, realizada no final de maio, em São Paulo, foi aprovado, por unanimidade, o apoio à greve. A Confederação também tem filiados sindicatos estaduais de saúde e de servidores federais da previdência que possuem em suas bases agentes de saúde e de combate às endemias. Sandro Cezar, presidente da Confederação, reiterou que “foi feito um debate durante nossa reunião de Planejamento sobre a necessidade da construção da greve nacional dos ACSs e ACEs. O momento é agora. É um período importante em que os trabalhadores do país estão mobilizados e fazendo movimentações. Um piso sem reajuste e defasado desestimula o trabalhador. A mensagem é greve nacional no próximo dia 20 de junho”.

Para o presidente da FENASCE, Fernando Cândido, o conjunto de representações dos ACSs e ACES devem mobilizar suas bases para que a greve tenha força de fato para exigir do governo federal o reajuste do piso salarial nacional. Ele faz uma avaliação positiva da adesão dos trabalhadores por todo o país. “Temos encontrado apoio inclusive de sindicatos não filiados à FENASCE. É fundamental que os trabalhadores e dirigentes de entidades entendam a importância desta ação. Estamos levando nossas reivindicações também para discutir nos Legislativos, mas é preciso entender que este instrumento de ação constitucional que é a greve tem seu forte papel na luta dos trabalhadores,” afirma.

Cândido menciona que a greve também deve agregar reivindicações específicas destes trabalhadores a partir de suas realidades locais. É consenso que as negociações com as demais esferas de governo estão bem difíceis. Para ele, é importante que as entidades compreendem que todos os instrumentos de luta devem ser utilizados. A Federação está dialogando com a Justiça para cobrar do governo a criação de uma Grupo de Trabalho para discutir o piso salarial nacional dos agentes. A FENASCE defende e acompanha a tramitação no Congresso Nacional dos projetos que dizem respeito aos agentes de saúde e de combate às endemias.

“Chamo a atenção dos nossos trabalhadores que está greve pode marcar a história de lutas da categoria. Para isto, é importante a adesão em massa destes profissionais em seus estados e municípios com atos, manifestações e passeatas para demonstrar nossa insatisfação. Este congelamento de salários prejudica o trabalhador, sua família e a qualidade da política pública oferecida à população. O 20 de junho é um momento de unificar a categoria para lutar por todos os seus direitos,” conclui Cândido.

Em breve depoimento, o diretor Executivo da FENASCE, Luis Cláudio Celestino, fala da Assembleia e os passos que foram tirados pela categoria para alteração do Estatuto da Federação. As novidades neste sentido ficam por conta das aprovações sobre a paridade na direção da Federação e o mandato de quatro anos. Medidas tomadas em conformidade às diretrizes existentes já nas instâncias da CUT. E também de igual importância foi a decisão de realizar a greve nacional em 20 de junho. Uma greve em que cada sindicato em seu município vai se organizar para realizar um ato, uma manifestação, uma passeata, ou seja, uma forma de dialogar com a sociedade para denunciar o desrespeito com a categoria e este governo golpista.

“Não tivemos nenhum reajuste do piso salarial desde sua implantação. Agora em 18 de junho completam três anos nesta condição. E o pior é que corre o risco de continuar assim tendo em vista a forma como este governo vem tratando a questão. Nós estamos sentindo na pele o descaso deste governo golpista. Vamos partir com muita força para a greve geral. Vamos dar um recado para o governo que a categoria não está para brincadeira.  Faremos uma greve geral descentralizada onde cada sindicato em seu município vai se organizar para marcar nossa luta e denunciar este governo golpista,” destaca Celestino.