Escrito por: Érica Aragão
CUTs nordestinas definem plano de lutas e elegem delegados e delegadas para etapa nacional
As CUTs dos estados de Alagoas e Maranhão cumpriram os objetivos da 15º Plenária/Congresso Extraordinário Estadual que aconteceu no último fim de semana. Com o público plural e diversificado, os Congressos decidiram ações do plano de lutas para o próximo período e elegeram delegados e delegadas para a etapa nacional, que acontece no próximo dia 28 de agosto.
A Emenda 95, que congela recursos para saúde e educação por 20 anos, a terceirização irrestrita, as reformas em trâmite no Congresso Nacional e o cai ou não cai do presidente ilegítimo Michel Temer foram pautas de debates para os trabalhadores e as trabalhadoras presentes nas atividades promovidas pela CUT nos Estados.
A presidenta da CUT Alagoas, Rilda Maria Alves destacou a importância da análise de conjuntura para definir os próximos passos da maior central sindical do país. Segundo a alagoana, o Congresso foi super importante para traçar ações na base.
Para ela, os trabalhadores e as trabalhadoras já estão sentindo na pele as consequências do golpe. “Nas campanhas salariais do primeiro semestre já não estão conseguindo nem repor a inflação no salário”, contou. A presidenta destacou discussões importantes que acontecerão na plenária, como a questão do fortalecimento da participação da juventude e a luta contra a violência contra mulher.
Para Rilda e para a presidenta da CUT Maranhão, Maria Adriana Oliveira, este Congresso fortalece as lutas nacionais e, principalmente, do Estado. Elas contam que os trabalhadores e as trabalhadoras do campo, da cidade e movimentos sociais organizados estiveram reunidos durante dois dias para definir os passos na luta do movimento sindical e popular alagoano e maranhense.
“Agora é socializar as discussões e resoluções para cada trabalhador e cada trabalhadora na base para fortalecer a classe trabalhadora que é fundamental para derrotarmos este poder e enterrar de vez estas reformas”, completou Rilda
Conflitos no campo também foram assuntos de debates nas estaduais.
Plenária/Congresso Extraordinário em Alagoas
Os assassinatos no campo vêm assombrando o Nordeste e Norte no país. Segundo levantamento da CPT (Comissão Pastoral da Terra), o Brasil tem mais de quatro conflitos agrários por dia. Em 2016, 61 pessoas assassinadas nestes conflitos e, apenas nos primeiros meses de 2017, este número já passou dos 40.
“A delegação do Maranhão entendeu o que está acontecendo na região e definimos ações de enfrentamento e resistência para os próximos anos. Agora os debates serão feitos nas bases e isso fortalecerá o movimento sindical do campo e da cidade para barrarmos todos estes retrocessos impostos pelo presidente ilegítimo Michel Temer e seus aliados”, completou a presidenta da CUT Maranhão.
Adriana também destacou a reorganização da Frente Brasil Popular (FBP) no Maranhão. “Vamos fortalecer a FBP porque nós precisamos de unidade na ação e na luta para ganharmos esta batalha contra os golpistas que querem roubar nossos direitos e nossas conquistas”, finalizou.