Escrito por: Redação Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ)

Alerj: comissão debate possível desligamento das rádios MEC e Nacional por Bolsonaro

Audiência pública nessa sexta-feira discute também projetos para tornar rádios Patrimônios Históricos e Culturais

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A Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), presidida pela deputada Mônica Francisco (Psol), e a Frente Parlamentar pela Democratização da Casa, presidida pelo deputado Waldeck Carneiro (PSB), realizam nessa sexta-feira (25), às 10h, no prédio do Alerjão, no centro do Rio de Janeiro, uma audiência pública para debater o possível desligamento das emissoras de rádio MEC e Nacional.

A audiência "Rádio MEC e Rádio Nacional: Patrimônios da Comunicação Pública sob Risco” ocorrerá de forma híbrida (presencial e remota). Ambas as rádios, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), são temas de projetos de Mônica e Waldeck em tramitação na Alerj para se tornarem Patrimônios Históricos e Culturais Imateriais do Estado do Rio de Janeiro.

"Há um risco de perdermos estes dois veículos históricos de comunicação, mas a luta deveria ser contrária: pela ampliação do acesso à informação. Estas instâncias da Alerj estão saindo em defesa da radiofonia e da democratização da comunicação propondo o tombamento destas rádios como patrimônios culturais do Estado do Rio", afirmou Waldeck.

“Essas rádios têm importante papel para a cultura fluminense. A Rádio MEC AM é a rádio mais antiga do país em atividade, fará 100 anos em 2023. A programação de ambas as emissoras é focada em gêneros que têm pouco espaço no dial. Não parece fazer sentido desligá-las. Pelo contrário, precisamos preservá-las, como parte da nossa memória, da nossa história”, disse Mônica Francisco.

Diversos grupos vêm cobrando a migração da Rádio MEC AM para o dial da FM. O pedido deve ser feito pela EBC à Anatel. Como forma de compensar o alcance da onda FM, que não chega tão longe, outra reivindicação é uma frequência no dial de pelo menos quatro grandes cidades do interior: Campos dos Goytacazes, Macaé, Cabo Frio e Volta Redonda. Desse modo, os ouvintes dessas regiões nãos serão abandonados quando o sinal AM for desligado.

Além dos parlamentares, pesquisadores, ativistas, integrantes do sistema público de comunicação e trabalhadores da EBC participarão da audiência pública.