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Alimentos e gasolina ajudam inflação cair e índice fica em 0,23% em maio

O IPCA que mede a inflação oficial do mês de maio ficou em 0,23%. Com o resultado o índice soma 3,94 % em 12 meses, o menor em três anos. No ano a alta é de 2,95%

Publicado: 07 Junho, 2023 - 12h39 | Última modificação: 07 Junho, 2023 - 12h45

Escrito por: Redação CUT

Roberto Parizotti (Sapão)
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A estabilização dos preços dos alimentos e a queda nos preços da gasolina ajudaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, a cair no mês de maio, ficando em 0,23% - uma queda de 0,38% em relação ao mês anterior (0,61%).  Este resultado ficou abaixo da expectativa do mercado financeiro que estimava em 0,33%.

Os dados do IPCA, que mede a inflação para quem ganha de um a 40 salários mínimos, divulgados nesta quarta-feira (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram ainda que a alta acumulada do IPCA neste ano é de 2,95%. Já nos últimos 12 meses, o índice é de 3,94%, fechando abaixo dos 4% desde março de 2020.  Em maio do passado a variação da inflação era de 0,47%.

O que segurou a inflação

Os grupos de Transportes (-0,57%) e de Artigos de residência (-0,23%) foram os únicos a registrarem queda no IPCA de maio. No primeiro, destacam-se os recuos nos preços das passagens aéreas (-17,73%), além do resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%).

A desaceleração do índice em maio também foi influenciada pelo resultado do grupo de Alimentação e bebidas, que passou de 0,71% em abril para 0,16% em maio, explica André Almeida, analista da pesquisa. “Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral”.

O principal destaque foi na alimentação no domicílio, que passou de 0,73% no mês anterior para uma estabilidade em maio. O grupo registrou queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%). Por outro lado, a alta teve como destaque a inflação do tomate (6,65%), do leite longa vida (2,37%) e do pão francês (1,40%). "Nos casos do tomate e do leite, os aumentos de preço estão relacionados a uma menor oferta”, explica Almeida.

Os grupos que compõem o IPCA tiveram os seguintes índices:

Saúde e cuidados pessoais: 0,93%

Vestuário: 0,47%

Alimentação e bebidas: 0,16%

Transportes: -0,57%

Habitação: 0,67%

Despesas pessoais: 0,64%

Artigos de residência: -0,23%

Educação: 0,05%

Comunicação: 0,21%

INPC tem alta de 0,36% e também desacelera em maio

Também hoje foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para quem tem renda de um a cinco salários mínimos. A variação em maio foi de 0,36%, abaixo do registrado em abril (0,53%). No ano, o INPC acumula alta de 2,79% e, nos últimos 12 meses, de 3,74%. A taxa de maio de 2022 foi de 0,45%.

O INPC mostra que os produtos alimentícios subiram 0,16%, após alta de 0,61% em abril. Já os produtos não alimentícios registraram alta de 0,43%, desacelerando em relação ao resultado de 0,50% de abril.

A pesquisa completa do IBGE você acessa aqui.