Escrito por: Redação CUT
Os grupos Alimentação e bebidas e Transportes foram responsáveis por 71% da inflação de outubro. Os destaques foram os aumentos nos preços do tomate (51,27%), da batata-inglesa (13,67%) e do etanol (4,07%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,45% em outubro. É a maior taxa para o mês desde outubro de 2015 (0,82%). A inflação acumulada no ano é de 3,81% e a dos últimos 12 meses ficou em 4,56%, próxima ao centro da meta estabelecida pelo governo para 2018 (4,5%).
Os reajustes nos preços dos alimentos, bebidas e transportes foram os que mais contribuíram para o aumento da inflação, de acordo com os dados divulgados, nesta quarta-feira (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Juntos, os grupos Alimentação e bebidas (0,59%) e Transportes (0,92%) foram responsáveis por 71% da inflação de outubro. Os demais grupos tiveram variações mais leves e ficaram entre o 0,02% da Comunicação e o 0,76% dos Artigos de residência.
A alta em Alimentação e bebidas foi impulsionada, principalmente, pelo grupamento da alimentação no domicílio (0,91%), destacando-se o tomate (51,27%), a batata-inglesa (13,67%), o frango inteiro (1,95%) e as carnes (0,57%).
Nos Transportes, subiram o etanol (4,07%), óleo diesel (2,45%), gasolina (2,18%) e o gás veicular (0,06%). A passagem aérea também desacelerou, mas ficou 7,49% mais cara em outubro.
Regionalmente, o maior índice ficou com a região metropolitana de Porto Alegre (0,72%), enquanto o menor índice (0,21%) foi registrado nas regiões metropolitanas de Recife e do Rio de Janeiro.
“Porto Alegre teve uma forte alta no tomate e na gasolina. As áreas com menores variações foram Recife e Rio. No Recife, o destaque foi a energia elétrica e o lanche. No Rio, as quedas foram no leite longa vida e na refeição fora de casa”, explicou o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.