Escrito por: Redação CUT
Duas crianças foram socorridas, uma com um corte no braço e outra em estado de choque, mas sem ferimentos. Três professoras foram levadas para hospitais da região
Um aluno de 13 anos, do 8º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo atacou colegas e professoras com uma faca na manhã desta segunda-feira (27). Uma professora morreu e outras cinco pessoas ficaram ficaram - três professoras e dois alunos.
A professora Elizabeth Tenreiro, 71, levou vários golpes e morreu, de acordo com o governo do estado. Ela teve parada cardiorespiratória, recebeu os primeiros atendimentos médicos no local, foi levada pelo Helicóptero Águia da Polícia Militar (PM) para o Hospital Universitário, mas não resistiu.
As feridas são as professoras Jane Gasperini, Rita de Cássia Reis e Ana Célia Rosa, que foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levadas para os Hospitais das Clínicas, Bandeirantes e Universitário e estão em estado estável.
Uma das crianças sofreu um corte no braço e a outra foi socorrida em estado de choque, mas sem ferimentos".
Usando uma máscara de caveira, o adolescente entrou em uma sala correndo e começou a atacar violentamente uma professora pelas costas. Após vários golpes, ela cai no chão. A escola tem um circuito de segurança que gravou as imagens.
Quando os alunos tentam sair da sala, o agressor passa a tentar golpear os colegas e atinge alguns deles. Duas mulheres entram na sala, e uma delas consegue imobilizar o adolescente, enquanto a outra retira a faca das mãos dele.
O agressor foi levado para o 34° DP, onde o caso será registrado, segundo a Polícia Militar (PM).
A polícia encontrou no celular do agressor informações de ataques em outras escolas no país, o que indica que o crime foi planejado. Segundo o Uol, fontes ligadas às investigações disseram que o aluno tinha prometido atacar professores e alunos da sua sala porque era alvo de bullying.
'Violência expõe abandono das escolas', diz Apeoesp
A Apeoesp, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, lamentou o ataque e afirmou que há anos cobra medidas do governo do estado para a redução da violência no ambiente escolar.
"Mais um caso lamentável e chocante de violência em escola estadual expõe o descaso e o abandono do Estado em relação às unidades da rede estadual de ensino de São Paulo", diz trecho da nota, assinada pela professora Bebel, presidente da Apeoesp.
"Faltam funcionários nas escolas, o policiamento no entorno das unidades escolares é deficiente e, sobretudo, não existem políticas de prevenção que envolvam a comunidade escolar para a conscientização sobre o problema e a busca de soluções."
Tarcísio lamenta
Nas redes sociais, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o episódio. “Não tenho palavras para expressar minha tristeza com a notícia do ataque”, disse ele, que afirmou ainda concentrar esforços para dar atendimento às vítimas e às famílias.
Não tenho palavras para expressar a minha tristeza com a notícia do ataque a alunos e professores da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia. O adolescente de 13 anos já foi apreendido e nossos esforços estão concentrados em socorrer os feridos e acolher os familiares.
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) March 27, 2023
Matéria atualizada as 12:22