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Anitta, Bonner, Huck e outros tiveram dados da Receita acessados irregularmente

Acessos irregulares de dados da Receita Federal inclui também o nome de Jair Bolsonaro. Segundo a Folha, esses acessos foram feitos de 2018 a 2020 e não tem a ver com caso dos desafetos do ex-presidente

Publicado: 03 Março, 2023 - 16h13 | Última modificação: 03 Março, 2023 - 16h18

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

Agência Brasil
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Além dos acessos ilegais de dados da Receita Federal de desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro( PL) uma nova denúncia neste sentido foi divulgada nesta sexta-feira (3) pela Folha de São Paulo. Segundo o jornal, a cantora Anitta, os apresentadores Luciano Huck, William Bonner, da TV Globo, participantes do reality show Big Brother Brasil e até o ex-presidente tiveram dados fiscais acessados de forma irregular.

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Os acessos teriam sido feitos por agentes administrativos, tecnologista, auxiliar de serviços, assistente técnico e apenas um auditor fiscal, segundo uma lista apresentada em abril de 2021 pela Receita Federal Tribunal de Contas da União (TCU), no curso de uma investigação sobre consultas sem justificativa a dados fiscais.

Um assistente técnico administrativo da Vigilância Aduaneira de Santana do Livramento (RS) é suspeito de ter pesquisado, de 2018 a 2020, dados deles e de mais 20 artistas. A apuração sobre os supostos acessos imotivados a dados de Bonner, Huck e Anitta ainda não foi concluída.

Jair Bolsonaro, a ex-primeira dama Michelle e Ciro Gomes tiveram seus dados acessados em 2018, ano em que houve eleição presidencial. Na época o agente administrativo Odilon Alves Filho foi suspenso por 60 dias e pagou multa de R$ 5.000 para encerrar uma ação penal contra ele.

Acesso na mira do TCU

O jornal lembrou que os acessos ilegais a dados da Receita entraram na mira do TCU em 2019 após a divulgação de uma apuração da Receita sobre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua mulher, a advogada Guiomar Mendes.

O TCU chegou a abrir uma auditoria a concluir haver falhas na prevenção de acessos imotivados a dados fiscais de pessoas politicamente expostas (conhecidas pela sigla PEPs).

"Não há mecanismos automatizados (além do controle de perfis) que previnam tais acessos indevidos, ou que garantam que a Corregedoria do órgão apure e puna eventuais abusos de auditores fiscais", afirma acórdão aprovado no fim do ano passado.