Escrito por: Redação CUT
Ministro tentou HC para permanecer calado na CPI, mas STF disse que ele só pode ficar calado se a resposta comprometê-lo nas investigações em andamento na Justiça
O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, aquele que anunciou a compra de milhões de doses de CoronaVac, vacina contra a Covid-19, produzida pelo Instituto Butatan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), e disse humildemente “um manda e o outro obedece”, depõe nesta quarta-feira (19) na CPI da Covid.
O interrogatório que acontece no dia em que o país deve registrar 440 mil vidas perdidas para a Covid-19, pode comprometer, ainda mais, o governo Bolsonaro, cujas ações e omissões estão sendo investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal.
Pazuello pediu um habeas corpus ao STF para permanecer calado na CPI. O ministro Ricardo Lewandovski concedeu em parte. Disse que ele pode ficar em silêncio e não responder às perguntas dos senadores, apenas nos casos em que as respostas sejam prejudiciais a ele mesmo nas investigações sobre suas ações no combate a pandemia do novo coronavírus em andamento na Justiça.
Entre outras coisas, a justiça apura a responsabilidade do ministro no caso da falta de oxigênio em Manaus, quando centenas de pessoas morreram asfixiadas. Pazuello também defendeu o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19 e, na sua gestão, servidores foram, inclusive, a Manaus incentivar autoridades locais a usar a cloroquina como tratamento preventivo á doença.