Escrito por: CUT Brasil e Kátia Domingos, da CUT-AP
Trabalhadores de diversas categorias participaram uma caminhada pelas ruas da capital.
Nesta sexta-feira (10/11), a CUT/AP participou do ato unificado com várias centrais sindicais e movimentos sociais. O ato começou às 9h com uma concentração na Praça da Bandeira e prosseguiu em forma de caminhada pelas principais avenidas do Centro da cidade, com parada em frente à agência da Caixa Econômica Federal, onde foi denunciada a ameaça de extinção dos bancos públicos. A passeata, que reuniu 4 mil pessoas, culminou pouco depois de 12h em frente à Prefeitura de Macapá.
Trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas demonstrar sua indignação e resistência aos ataques contra as retiradas de direito, que o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer, tem tentado impor. Um governo sem legitimidade popular, que agora quer retirar a Previdência e a aposentadoria do trabalhador e da trabalhadora.
A Reforma Trabalhista de Temer tem sacrificado direitos conquistados historicamente com muita luta pelos trabalhadores e trabalhadoras.
O presidente da CUT Amapá, Geovane Grangeiro, alertou que a nova legislação tirou direitos e quer sujeitar o trabalhador a condições precárias de trabalho. A CUT quer anular a reforma e está fazendo uma campanha de coleta de assinaturas para apresentar um projeto de iniciativa popular nesse sentido.
"Não vamos permitir essa reforma trabalhista, que faz com que algumas categorias trabalhem de forma escrava, de forma indecente. Hoje estamos mostrando a nossa indignação e a população não vai permanecer calada diante de tantos ataques aos seus direitos", ressaltou Geovane.
A programação teve continuidade no início da noite, na Praça Floriano Peixoto, com um Ato Cultural realizado por artistas locais, que contou com aproximadamente 1,5 mil participantes.
CUT-AP foi multada
No final da noite, a CUT-AP denunciou que a entidade foi multada pela Prefeitura de Macapá em R$ 2 mil, em função da manifestação de hoje. A prefeitura responsabilizou a CUT pela afixação de cartazes em órgãos públicos divulgando os nomes dos parlamentares traidores do povo, que votaram a favor dessa anti-reforma trabalhista. Foi dado um prazo de 24 horas para a retirada dos cartazes, sob pena de mais multas.