Escrito por: Redação CUT
Para entidade, governo exclui a maior parte dos alunos e dos professores eventuais e da categoria O dos benefícios dados durante o período de enfrentamento a Covid-19
A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual, Professora Bebel, defende que o vale-merenda que está sendo pago pelo governo São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), seja ampliado e beneficie todos os alunos da rede pública estadual que estão de quarentena, uma das medidas para conter a disseminação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com Bebel, o programa Merenda em Casa, que visa garantir a alimentação dos estudantes durante as medidas de enfrentamento à pandemia, prevê o benefício de R$ 55,00 mensais para apenas cerca de 700 mil alunos, o que representa 20% do total dos atendidos pelo programa na rede. O estado tem um total de 3,5 milhões de alunos.
A Apeoesp procurou a secretaria da Educação para tratar da questão. A resposta dada foi que esses estudantes não precisam do benefício, já que seriam de “classe média”.
Eles querem enxugar o orçamento do Estado por meio da merenda escolar. Se esses alunos estivessem na escola, não teriam que comer?- Professora BebelA deputada também quer que o governo do Estado garanta um auxílio pandemia para os professores eventuais e da categoria O, que só recebem quando pegam aula. “É uma falta de respeito da secretaria com esses profissionais, que logo vão entrar em vulnerabilidade. O sindicato vai dar uma cesta básica, mas não vai resolver o problema”, afirma Bebel.
A presidenta da Apeoesp também questiona o ensino à distância proposto pelo governo do Estado. “Se for pela TV educativa, não vejo problema, mas obrigar a criança a ter celular ou computador acaba excluindo parcela significativa dos alunos, exatamente aqueles que mais precisam”, conclui.