Apeoesp recomenda aos professores não comparecer às escolas por causa do coronavírus
Sindicato dos professores ingressa com ação judicial para que governo suspenda as aulas imediatamente para evitar propagação do coronavírus (Codiv19)
Publicado: 16 Março, 2020 - 17h21 | Última modificação: 16 Março, 2020 - 17h26
Escrito por: Redação CUT
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) ajuizou ação judicial para que as atividades docentes e discentes na rede estadual de ensino sejam suspensas de imediato e não somente na sexta-feira, como planeja o governo do Estado. A medida visa evitar a progressão do contágio pelo coronavírus (Codiv 19) no Brasil e no estado de São Paulo.
Segundo o sindicato, a razão para a suspensão das atividades escolares é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), para que sejam evitadas aglomerações, o que é impossível no sistema educacional de São Paulo, já que as escolas estaduais possuem salas superlotadas, nas quais, muitas vezes, a distância entre um estudante e outro é inferior a um metro.
A Apeoesp denuncia ainda que o governo estadual não garante nas escolas sabonete, álcool gel e outros materiais necessários à higiene de estudantes, professores, funcionários e visitantes, dificultando a prevenção e facilitando o contágio.
Há, também entre professores e funcionários, muitas pessoas que fazem parte do grupo de risco, pela sua idade (a partir de 60 anos). E, por isso, a suspensão das aulas é fundamental.
A presidenta da Apeoesp e deputada estadual pelo PT, professora Bebel, recomenda que os professores não compareçam às unidades escolares já a partir desta segunda-feira (16). Ela alerta que mesmo comparecendo nas escolas, os profissionais da educação ainda assim terão que repor essas aulas, pois a atividade letiva só se caracteriza pela presença do estudante na sala de aula, o que não deve ocorrer em larga escala a partir desta terça-feira (17).
“Devemos ser responsáveis conosco, com nossas famílias, com nossos estudantes, com a sociedade em geral. Cada um de nós pode ser um transmissor em potencial e precisamos deter a propagação desse vírus”, ressalta a presidenta da Apeoesp.