Escrito por: Redação CUT
Sindicato dos professores ingressa com ação judicial para que governo suspenda as aulas imediatamente para evitar propagação do coronavírus (Codiv19)
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) ajuizou ação judicial para que as atividades docentes e discentes na rede estadual de ensino sejam suspensas de imediato e não somente na sexta-feira, como planeja o governo do Estado. A medida visa evitar a progressão do contágio pelo coronavírus (Codiv 19) no Brasil e no estado de São Paulo.
Segundo o sindicato, a razão para a suspensão das atividades escolares é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), para que sejam evitadas aglomerações, o que é impossível no sistema educacional de São Paulo, já que as escolas estaduais possuem salas superlotadas, nas quais, muitas vezes, a distância entre um estudante e outro é inferior a um metro.
A Apeoesp denuncia ainda que o governo estadual não garante nas escolas sabonete, álcool gel e outros materiais necessários à higiene de estudantes, professores, funcionários e visitantes, dificultando a prevenção e facilitando o contágio.
Há, também entre professores e funcionários, muitas pessoas que fazem parte do grupo de risco, pela sua idade (a partir de 60 anos). E, por isso, a suspensão das aulas é fundamental.
A presidenta da Apeoesp e deputada estadual pelo PT, professora Bebel, recomenda que os professores não compareçam às unidades escolares já a partir desta segunda-feira (16). Ela alerta que mesmo comparecendo nas escolas, os profissionais da educação ainda assim terão que repor essas aulas, pois a atividade letiva só se caracteriza pela presença do estudante na sala de aula, o que não deve ocorrer em larga escala a partir desta terça-feira (17).
“Devemos ser responsáveis conosco, com nossas famílias, com nossos estudantes, com a sociedade em geral. Cada um de nós pode ser um transmissor em potencial e precisamos deter a propagação desse vírus”, ressalta a presidenta da Apeoesp.