Escrito por: Assessoria/ Sintep-MT
Em assembleia, profissionais da educação decidem manter a greve que já dura 71 dias e é a maior da história, apesar do corte de pontos e ameaças de demissão e do decreto de ilegalidade da Justiça
Apesar do corte de ponto, da ameaça de demissões e do decreto de ilegalidade da greve, os profissionais da educação de Mato Grosso resistem, não regridem e mantém a luta por diretos. A greve continua na rede estadual de Educação do Estado.
A resposta foi dada, nesta segunda-feira (05), em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, onde representantes de 79 municípios e profissionais da categoria, que vieram em caravanas, participaram da assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).
A ausência de proposta para o cumprimento da Lei 510/2013 foi o fator fundamental para a continuidade do movimento paredista que está há 71 dias mobilizado na maior greve da história dos 54 anos do Sintep/MT. O decreto de ilegalidade da greve emitido pela desembargadora Maria Erotildes Kneip, ampliou a indignação dos trabalhadores.
Motivados também pela própria legislação, pois as argumentações do governo consideraram parte das leis, e desconsideram outras, a categoria continua reivindicando uma proposta do governo. Fortalecidos por pareceres financeiros do estado, além do posicionamento do governo federal, quando desconsiderou o decreto de calamidade de Mauro Mendes, exigem uma proposta que assegure o direito aos percentuais (7,69%) da Lei.
“As ameaças imprimem apenas o perfil do governo, que prefere punir os trabalhadores da educação com o corte de ponto, quando lutam pelos direitos, ao invés de apresentar proposta que assegure a lei 510/2013”, destacou o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.
Os profissionais que participaram da Assembleia seguiram as manifestações em Ato Público. Em passeata saíram do TRT seguiram pela avenida Rubens de Mendonça, sentido bairro CPA, subiram o viaduto da Secretaria de Fazenda, passaram em frente a Secretaria de Estado de Educação, Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Palácio Paiaguás e Tribunal de Contas, finalizando no ponto inicial, onde permanecem acampados.
A todo o momento os profissionais manifestaram a revolta ao governo Mauro Mendes e com base nas considerações e possibilidade de cumprimento da Lei 510/2013, insistem que o governo apresente proposta.
“Sabemos que os pais estão preocupados, mas podem ficar tranquilos que estão assegurados os 200 dias letivos e as 800 horas. É um preceito legal e o calendário será cumprido assim que finalizar a greve”, concluiu Valdeir.
Agenda de mobilização
Enquanto não há proposta por parte do governo Mauro Mendes que atenda as reivindicações dos profissionais da Educação, as ações de mobilização continuam. O Sintep/MT tem agenda definida, aprovada pela categoria, para esta semana (06 a 09 de agosto), sendo que dia 13 de agosto haverá um ato nacional, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em defesa da Aposentadoria.
Confira:
Atividades no interior: de terça a sexta-feira – atividades com a comunidade escolar esclarecendo a sociedade sobre os motivos da continuidade da greve
Agenda Cuiabá – VG e Acampados
Dia 06 – matutino – Ato Ponte Sérgio Motta 6h30, vespertino. Ato em VG às 14h
Dia 07 – Arrecadação Solidária Praça Ulisses Guimarães – em frente ao TRT e ao Shopping Pantanal
Dia 08 – Ato na BR’s e MT’s – Saída para Chapada dos Guimarães e com atos simultâneos deliberados pelos municípios
Dia 09 – Ato Arrecadação na Praça do Porto (matutino)
Dia 13 – PARALISAÇÃO NACIONAL “Marcha nos Municípios em Defesa da Educação Pública Contra a destruição da Aposentadoria”
O Sintep/MT mantém Assembleia Geral Permanente e a categoria poderá ser convocada a qualquer momento para deliberações, conforme Estatuto