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Apesar dos alertas dos especialistas, DF e RJ dispensam uso de máscaras em novembro

Para a infectologistas, as máscaras, além de ser um item essencial no combate à pandemia, é uma medida não farmacológica comprovadamente eficaz contra a disseminação do coronavírus

Publicado: 27 Outubro, 2021 - 12h33

Escrito por: Redação CUT

Marcelo Casal / Agência Brasil
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Enquanto países da Europa registram alto índice de casos de Covid-19 e voltam a decretar medidas restritivas, no Brasil, segundo país mais atingido pela pandemia do novo coronavírus, com mais de 605 mil vidas perdidas, governadores começam a dispensar o uso máscaras em locais públicos. No estado do Rio de Janeiro e em Brasília, a nova regra começa a valer a partir de novembro.

Nesta terça-feira (26), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou uma lei que permite que o estado e os municípios fluminenses flexibilizem o uso de máscara em locais abertos. Já no Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais ao ar livre a partir do dia 3 de novembro.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sinalizou que deve sancionar o texto assim que a Secretaria Estadual de Saúde publicar uma resolução técnica na nesta quinta (28) com orientações e critérios para a liberação nas 92 cidades.

O prefeito Eduardo Paes (PSD) disse nas redes sociais que vai publicar a medida já no Diário Oficial desta quarta (27).

A expectativa das autoridades é a de retirar praticamente todas as medidas restritivas contra a Covid-19 no final de novembro, mantendo máscaras somente nos transportes públicos.

Isso apesar da taxa de letalidade no Rio estar em 5,8%, contra 8,8% em 2020; e a de mortalidade, em 235,1 a cada 100 mil habitantes, contra 286,3/100 mil no ano passado.

Distrito Federal

Já em Brasília, segundo o decreto, o uso da máscara para prevenir a contaminação pela Covid-19 permanece obrigatório nos seguintes locais: todos os espaços públicos fechados; equipamentos de transporte público coletivo; estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços; áreas de uso comum dos condomínios residenciais e comerciais.

Os estabelecimentos comerciais voltam a funcionar nos horários estabelecidos nas licenças de funcionamento.

O decreto também trata dos protocolos na organização das rotinas produtivas, retirando medidas de protocolos de segurança em estabelecimentos como a organização de revezamento de dia e horário entre os trabalhadores do negócio.

O DF aplicou até o momento 2,24 milhões da primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que representa a cobertura de 73,43% da população em geral e 86,94% da população com 12 anos ou mais. A imunização completa (com duas doses ou dose única) atingiu 51,22% da população em geral e 60,63% das pessoas com 12 anos ou mais.

Especialistas criticam

Para a infectologistas, as máscaras, além de ser um item essencial no combate à pandemia, é uma medida não farmacológica comprovadamente eficaz, que permite a flexibilização de praticamente todas as atividades econômicas, de implementação de custo muito baixo e facilmente utilizada.

Especialistas também alertam ainda que "quando a gente coloca todos os lugares abertos no mesmo patamar, isso pode levar a erros de interpretação. Porque mesmo locais abertos podem ter aglomeração.

Eles consideram ainda adequado fazer estudos e montar comitês científicos para definir quando e como o equipamento deve ser flexibilizado, mas tudo isso com muita cautela.

Dados da pandemia

Em 24 horas o Brasil registrou 409 mortes por Covid. O total de vítimas, agora, é de 606.293. O número de novos casos é de 13.414, e o total desde o início da pandemia é de mais de 21 milhões de casos.

A média de casos é de 11.966 por dia. Ela ainda está em estabilidade, mas houve um aumento de 6%, na comparação com a média de duas semanas atrás. O mesmo acontece com a média de mortes, que está em 342 por dia, em estabilidade, mas com aumento de 7%.

Oito estados estão com alta na média de mortes; nove estados e o Distrito Federal estão em estabilidade; e nove, em queda.

Números da vacinação

Em 24 horas, 403 mil pessoas foram vacinadas com a primeira dose; mais de 1,2 milhão receberam a segunda ou a dose única; e 477 mil tomaram a dose de reforço. O total de vacinados em 24 horas passou de 2 milhões de pessoas.

Desde o início da vacinação, mais de 153 milhões de brasileiros já receberam a primeira dose, ou 72,07% da população; 112 milhões estão completamente vacinados, o equivalente a 52,65%; e pouco mais de 7 milhões tomaram a dose de reforço: 3,33%.