Após aglomerações de fim de ano, mortes e casos de Covid-19 explodem no país
Desde o começo da pandemia, no final de fevereiro de 2020, 8.257.459 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus e mais de 206 mil pessoas já perderam a vida
Publicado: 14 Janeiro, 2021 - 12h43 | Última modificação: 14 Janeiro, 2021 - 12h46
Escrito por: Redação CUT
As aglomerações e festas clandestinas registradas nas festas de final de ano começam a surtir efeito com o aumento de casos e mortes pelo novo coronavírus pelo país. Dados diários divulgados pelo consórcio de imprensa mostram que situação da pandemia piorou nos últimos dias no Brasil, que está em segundo lugar do mundo em número de óbitos.
Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.283 mortes pela Covid-19, chegando ao total de 206.009, desde o começo da pandemia.
Com isso, a média móvel de mortes nos últimos sete dias foi de 995. Um aumento de 41% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de crescimento nos óbitos pela doença.
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 8.257.459 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus. Desses, 61.966 desses confirmados no último dia.
Casos e mortes explodem em SP
Onze estados apresentam aumento de casos e mortes pelo novo coronavírus. No estado de São Paulo, epicentro da pandemia no país, a situação só tem piorado nos últimos dias com internações e mortes em alta. As internações no estado subiram 19% nas últimas duas semanas. Entre 29 de dezembro a 12 de janeiro, foi de 11.070 para 13.175.
A taxa de ocupação de leitos está em 66,3%. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, além da alta de hospitalizações, o estado registrou 2.467 novos óbitos: de 46.195 para 48.662.
Já na capital paulista, o total de mortes passou de 16.163 para 16.990 no mesmo período. Foram 827 novos óbitos, um aumento de 5,5% em relação a todo período da pandemia em apenas 14 dias.
Entre os dias 16 a 29 de dezembro, ocorreram 462 novas mortes, o que resulta em um aumento de 79% entre os dois períodos, segundo análise do projeto Info Tracker, da Unesp e da USP.
A explosão de internações por Covid-19 levou o hospital privado Albert Einstein, que atende a alta classe média, a bloquear internações de pacientes de outros estados.
Belo Horizonte (MG)
A situação crítica também chegou a Belo Horizonte (MG), que fechou o comércio para conter a onda de casos de Covid-19. Nesta quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) criticou o prefeito reeleito da capital mineira, Alexandre Kalil (PSD), devido às medidas adotadas para conter o avanço da pandemia de Covid-19 na cidade. “O cara lá está fazendo barbaridade agora, fechando tudo, e já tinha fechado tudo anteriormente".
Bolsonaro, que não tem se preocupado com a pandemia desde o início, não preparou o governo federal para o projeto de imunização da população contra a Covid-19. Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação da Corte, o Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo federal "não possui estoque disponível para a realização da campanha de vacinação”.
No documento, assinado pelo ministro da Saúde, a União alega que as seringas e agulhas para imunizar a população ficam a cargo dos estados. Tudo isso com o país ultrapassando 206 mil vidas perdidas desde o começo da pandemia.
Estados
Onze estados estão com alta na média de mortes: Amazonas, Amapá, Tocantins, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Em estabilidade estão o Distrito Federal e 14 estados: Acre, Rondônia, Pará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Depois de cinco dias sem estados com queda de mortes, nesta quarta aparece Roraima.