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Após ato unificado, centrais levam pauta de reivindicações ao ministério da Economia

Presidentes da CUT e demais centrais se reuniram com secretários do Ministério da Economia e entregaram propostas para resolver problemas econômicos e sociais, em especial, durante a pandemia

Publicado: 09 Julho, 2020 - 11h25 | Última modificação: 09 Julho, 2020 - 11h29

Escrito por: Redação CUT

Valcir Araújo
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No fim da tarde desta quarta-feira (8), em Brasília, o presidente nacional da CUT Sérgio Nobre, junto com os presidentes da Força Sindical, UGT, CSB e NCST entregaram documento elaborado pelo Fórum das Centrais Sindicais, com propostas para a preservação da vida, emprego e renda, e uma agenda de retomada da economia no Ministério da Economia. O documento foi entregue aos secretários de Previdência e Trabalho Bruno Bianco Leal, e do Trabalho Bruno Dalcolmo.

A reunião encerrou a agenda de atividades do ato unitário das centrais sindicais das centrais, que reuniu cerca de 80 sindicalistas na capital federal. A luta, disse o presidente da CUT no ato é para ajudar o Brasil a sair da crise e retomar o rumo do crescimento com geração de empregos e justiça social.

De acordo com Sérgio Nobre, os secretários se comprometeram a estudar o documento, que traz propostas para resolver os problemas econômicos e sociais enfrentados pelo país que foram agravados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Uma das propostas é manter o auxílio emergencial de R$ 600,00 (R$ 1.200,00 para mães chefes de família), aprovado pelo Congresso Nacional, até o mês de dezembro. A Lei previa o pagamento de três parcelas. No final de junho, o governo decidiu pagar mais duas parcelas.

Durante o ato na manhã desta quarta, ainda do lado de fora do Ministério da Economia, Sérgio Nobre, defendeu que o benefício seja permanente.

“Precisamos de um programa de renda emergencial enquanto durar a pandemia, porque não tem emprego agora. Parte importante da população está vulnerável e precisa do auxílio para poder sobreviver”.

Paralelamente, uma das propostas é dar crédito às pequenas empresas, a “fundo perdido”, desde que mantenham empregos. “Se não tiver, vai ser uma pandemia de quebradeira de pequenas empresas, que são as que mais criam empregos no Brasil”.

Os secretários se comprometeram a marcar uma nova reunião com todas as centrais para discutir as propostas apresentadas pelas centrais. Segundo o presidente da CUT, eles disseram querer dialogar com o movimento sindical.

Sérgio Nobre alertou que “se as medidas não forem implementadas, o Brasil vai entrar numa crise mais grave do que a atual”.

Além das propostas de renda emergencial, geração de emprego, renda e retomada da economia, o documento entregue contém propostas de retomada e investimentos para a atividade industrial e propostas para investimentos em infraestrutura e no setor habitacional.

As centrais também levaram ao ministério o drama dos trabalhadores em aplicativos de entregas, que fizeram paralisação nacional no dia 1° de julho, por condições mais justas de trabalho e já marcaram outra paralisação para o dia 25 porque não tiveram resposta alguma das empresas.

Entregadores de alimentação por aplicativo marcam nova greve para o dia 25 https://www.cut.org.br/noticias/entregadores-de-alimentacao-por-aplicativo-marcam-nova-greve-para-o-dia-25-265b

 

Manifestação

O ato unificado das centrais reuniu sindicalistas de seis centrais sindicais (CUT, Força, CSB, UGT, CTB e NCST), sem aglomeração, respeitando todos os protocolos de distanciamento social recomendados pelas autoridades sanitárias, para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19).

Militantes puderam participar também de forma virtual, por meio do aplicativo Manif.app, criado por sindicalistas franceses como forma de mobilização em tempos de pandemia.

Confira aqui a íntegra do documento entregue ontem no Ministério da Economia.