Escrito por: Redação CUT
País registra queda na média móvel de mortes diárias. Em 24h, foram 10.273 casos confirmados e 310 novas mortes pela doença
Após um fim de semana marcado por aglomerações em todo Brasil, o país atingiu a marca de 4.147.794 pessoas infectadas pelo novo coronavírus e 126.960 vidas perdidas desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram 10.273 casos confirmados e 310 novas mortes pela doença, de acordo com o Ministério da Saúde.
Nos dados desta segunda-feira (7), foi o dia com menor número de vidas perdidas para o novo coronavírus desde 3 de maio, há 127 dias, quando foram contabilizados 289 novos óbitos pela doença.
Houve queda também na média móvel, que está em 784 mortes por Covid-19, a mais baixa desde 18 de maio, quando houve 749 óbitos por dia naquela semana. Desde 12 de agosto, a média móvel de mortes de brasileiros causadas pela doença está abaixo de mil e desde o dia 28, abaixo de 900.
A "média móvel é comparada com duas semanas atrás para indicar se tendência de alta, estabilidade ou queda.
Praias lotadas e Bolsonaro sem máscara
No fim de semana prolongado, que emendou com o feriado do Dia da Independência, comemorado nesta segunda-feira (7), praias, parques e bares ficaram lotados pelo Brasil. A situação ocorreu nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Rio Grande do Norte, entre outros.
Em Brasília, Jair Bolsonaro (ex-PSL) participou da cerimônia de 7 de Setembro sem máscara acompanhado de um grupo de cerca de dez crianças, filhas e netas de autoridades convidadas, e cumprimentou apoiadores. Algumas usavam máscaras, outras não.
São Paulo continua sendo o estado com o maior número de casos confirmados e de mortes. São 857.330 e 31.377, respectivamente. O estado foi um dos que registrou forte tráfego de veículos em direção ao litoral. Para evitar que houvesse aglomerações, cidades do litoral paulista tentaram criar barreiras sanitárias, além da fiscalização, que pretendia evitar aglomerações nas praias. Mesmo com os esforços, milhares de pessoas foram às praias do estado durante o feriado.
No Rio de Janeiro, a praia de Ipanema ficou tomada por banhistas. A prefeitura da cidade autorizou o banho de mar, embora tenha “vedado a permanência na areia com cadeiras, cangas, guarda-sóis e caixas/bolsas térmicas e a prática de quaisquer atividades não autorizadas”, segundo material da prefeitura que explica as fases da retomada na cidade. O estado do Rio acumula até o momento 16.593 mortes e mais de 233 mil infectados. Praias ficaram cheias também no Nordeste.
Estados em alta, queda e estabilidade
Apenas dois estados aparecem com alta nos óbitos: Amazonas e Roraima.
Já Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Ceará estão com estabilidade.
Dezesseis estados e o Distrito Federal estão com redução na média diária de mortes. São eles: Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Acre, Amapá, Rondônia, Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Pesquisa Ibope: 83% da população é a favor do uso de máscaras
De acordo com a pesquisa do Ibope, divulgada nesta terça-feira (8), pelo O Globo, 83% dos brasileiros diz concordar que as pessoas têm o dever de respeitar as normas de segurança para a contenção da Covid-19 , como o uso de máscaras faciais em locais públicos.
Desse total, 72% disseram que concordam “totalmente” com a afirmação acima, e 11%, “parcialmente”.
Para 72% dos entrevistados, aulas presenciais só devem ser retomadas quando houver vacina
Já referente à volta das aulas encontra resistência no Brasil. Para 72% dos entrevistados, os alunos devem retornar presencialmente às escolas depois que uma vacina para o novo coronavírus estiver disponível. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 31 de agosto, pela internet, com 2.626 brasileiros com mais de 18 anos e das classes A, B e C.
Atualmente, apenas o estado do Amazonas já liberou o retorno presencial às escolas. São Paulo e o Rio Grande do Sul seguem a mesma medida a partir de amanhã. Rio de Janeiro, Piauí, Pernambuco e Pará também já têm datas marcadas que vão do próximo dia 14 até outubro. Todos possuem planos para a volta de forma escalonada e com medidas de prevenção.
O Acre, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), está em fase de planejamento. E os outros 19 estados não têm dados definidos.