Escrito por: Redação RBA

Após jejum de oito dias, manifestantes pedem audiência com ministros do STF

Grevistas de fome reivindicam que os ministros da Corte coloquem na pauta de votação duas ações que contestam a possibilidade de prisão antes de terminados os recursos possíveis

Divulgação MPA

Os militantes de organizações do campo e da cidade que estão em greve de fome pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irão ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (7) para protocolar 11 pedidos de audiência com os ministros que compõem a mais alta Corte.

Eles querem que o Tribunal coloque em votação duas ações declaratórias de constitucionalidade (ADC) que questionam a possibilidade de prisão, após condenação em segunda instância.

O protesto extremo, que chega no seu oitavo dia nesta terça-feira (7), ganhou a adesão do militante do Levante Popular da Juventude Leonardo Armando. Com ele, agora são sete os manifestantes em greve de fome.

O estado de saúde dos seis primeiros, que resistem sem ingerir nenhum alimento, apenas tomando água e soro, chama a atenção das equipes de saúde, o que aumenta a pressão sobre as autoridades para o atendimento da pauta dos grevistas.

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“A perda de direitos em saúde e educação públicas, o aumento dos preços da comida, do gás e dos combustíveis, o aumento da violência sobre as populações negra, LGBT e de mulheres, bem como a volta da miséria e da fome nos move a fazer este ato extremo", afirmou o frei Sérgio Görgen, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

Nesta terça-feira, uma comissão de senadores e uma comitiva de indígenas do povo Guarani também devem se encontrar com os militantes para prestarem apoio e solidariedade.

Alojados no Centro Cultural de Brasília (CCB), os ativistas receberam nesta segunda (6) a visita do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Eles também se encontraram com participantes da Caravana Semiárido contra a Fome, que percorreu mais de 4 mil quilômetros cruzando o país para alertarem sobre a urgência de uma política de combate à pobreza no país.

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