Após mediação no TRT4, terceirizados da Refap suspendem paralisação até sexta
A decisão foi tomada após mediação no TRT4, que encaminhou a proposta de suspensão da greve como condição para abrir negociações sobre as reivindicações dos trabalhadores
Publicado: 01 Fevereiro, 2023 - 12h07 | Última modificação: 01 Fevereiro, 2023 - 12h13
Escrito por: CUT-RS
Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (1º), as trabalhadores e os trabalhadores terceirizados da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na região metropolitana da Porto Alegre (RS), aprovaram por maioria a suspensão da paralisação deflagrada na segunda-feira (30) e retornaram ao trabalho.
A decisão foi tomada após mediação ocorrida na tarde desta terça-feira (31) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT4), em Porto Alegre, que encaminhou a proposta de suspensão da greve como condição para abrir negociações sobre as reivindicações dos trabalhadores que atuam nas prestadoras de serviço Estrutural, Estel, Engevale, Manserv, Contratec e Darcy Pacheco.
Os terceirizados, no entanto, deciram permanecer em estado de greve e aguardam os resultados da nova mediação agendada para ocorrer nesta quinta-feira (2), a partir das 10h, no TRT4. Na sexta-feira (3), pela manhã, uma nova assembleia será realizada para definir os rumos do movimento.
Greve arranca negociação
Na primeira rodada das tratativas, os representantes das empresas se comprometeram a não descontar os dias paralisados e a abrir negociação imediata sobre a ajuda de custo e as despesas de deslocamento dos trabalhadores que vieram de outros estados. Também assumiram o compromisso de não demitir os trabalhadores que participaram da greve.
A pauta de reivindicações inclui, além da ajuda de custo, do reembolso das passagens e da estabilidade para os trabalhadores da comissão de negociação, o aumento dos valores para alimentação, o aumento das horas prêmio ao término da parada de manutenção, participação no Programa de Lucros e Resultados (PLR), adequação salarial em acordo com as demais refinarias no Brasil, previsão de direitos trabalhistas nos contratos (40% da multa de rescisão e seguro-desemprego), e o pagamento de 100% nas horas extras aos sábados.
Além do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita (STIMMMEC), também participam das negociações o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (STICC) e a comissão dos trabalhadores terceirizados.
A mediação foi conduzida pelo vice-presidente do TRT-4, desembargador Ricardo Hofmeister de Almeida Martins Costa, e contou com a participação do juiz auxiliar da Vice-Presidência, Rodrigo Trindade, e da juíza titular da 4ª Vara do Trabalho de Canoas, Aline Veiga Borges. O Ministério Público do Trabalho foi representado pela procuradora regional do Trabalho Silvana Ribeiro Martins.
O Sindicatos dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS), o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre (Stimepa) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Canoas (Sintrocan) também vêm apoiando e contribuindo para a organização da luta dos terceirizados na Refap.
Assista à votação da assembleia na manhã desta quarta