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Após pico causado pela variante ômicron, capitais registram queda nas internações

Levantamento feito por pesquisadores da Fiocruz em pelo menos 17 estados, aponta melhora da situação, embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam muito elevadas

Publicado: 24 Fevereiro, 2022 - 12h12 | Última modificação: 24 Fevereiro, 2022 - 17h46

Escrito por: Redação CUT

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
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Depois de 15 dias de queda na média móvel de novos casos de Covid-19, a situação em algumas capitais do Brasil começa a melhorar. De acordo com o levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feito em 17 capitais, há uma redução consistente nas internações de pacientes infectados em praticamente todo o país.

De acordo com a fundação, as taxas de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Sistema Único de Saúde (SUS)  destinadas a pacientes adultos com Covid-19 confirmam a tendência de melhora no indicador, que já havia sido verificada na semana anterior, dessa vez de forma mais acentuada.  

Apenas Mato Grosso do Sul (82%) e Distrito Federal (100%) estão na faixa considerada crítica, ou seja, acima de 80%. 

Já Pernambuco, que estava em situação crítica, passou à taxa de 68%, e o Rio Grande do Norte despencou para 49%.

Na maior parte do país, as internações caíram de forma bem acentuada.

Os pesquisadores da Fiocruz afirmam ainda que “é possível afirmar que o quadro atual aponta para melhora da situação, embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam muito elevadas, tendo havido inclusive aumento em Sergipe e estagnação em Tocantins, Goiás e Distrito Federal.

“O pico da Ômicron aparentemente ficou para trás. O conjunto de indicadores, com a redução da quantidade de casos novos, estabilização da mortalidade já que há defasagem de 3 a 4 semanas entre a queda nos casos e nos óbitos, a diminuição na ocupação de leitos e o aumento na cobertura vacinal, mostram que a tendência é que nesse semestre a pandemia se torne mais endêmica”, afirmou ao jornal O Globo, o pesquisador Raphael Guimarães.

Mortes em 24 horas

Nesta quarta-feira (23) foram registradas 956 mortes em consequência de complicações causadas pela Covid-19, totalizando 646.490 óbitos desde o início da pandemia, em março de 2020.

A média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 803, completando 16 dias acima da marca de 800.

Já a média de casos está em queda de 34% na comparação com duas semanas atrás. São duas semanas em queda e 96.185 casos por dia.

Números da vacinação

Três estados não divulgaram os dados nesta quarta-feira (23).

Em 24 horas, mais de 293 mil pessoas tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid; 297 mil, a segunda ou a dose única; e quase 550 mil, a dose de reforço. O total do dia ficou em 1,1 milhão vacinados.

Em relação aos percentuais desde o início da pandemia, quase 80% de toda a população recebeu a primeira dose da vacina - levando em conta a população vacinável, quem tem cinco anos ou mais, 85,84%; as duas doses ou a dose única foram aplicadas em 71,78% de todos os brasileiros - dos que têm cinco anos ou mais, 77%; e a dose de reforço foi aplicada em 29% do total da população - dos que têm a partir de 18 anos, pouco mais de 38%.