Escrito por: Redação CUT
Em reunião com a gerência, o diretor do Sindipetro cobrou informações sobre o retorno da operação nas unidades atingidas pelo pior incêndio já registrado na história da maior Refinaria da Petrobras
Após cinco horas de espera e muita pressão, o diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP) e coordenador da Regional Campinas, Gustavo Marsaioli, teve a entrada liberada na Refinaria de Paulínia (Replan) para dialogar com a direção e com os petroleiros que trabalham na unidade. Nesta manhã, a gerência da empresa havia impedido a entrada do dirigente e, desde o reinício da operação da Replan no final da tarde desta quarta-feira (29), tinha interrompido completamente o diálogo com a direção sindical.
O acesso foi permitido por volta das 12h30 e o dirigente foi recebido pelos gerentes de Saúde, Meio Ambiente e Segurança, RH, Produção, Inspeção de Equipamentos, Segurança Corporativa e Otimização da Replan. Eles apresentaram um cronograma de retorno das atividades da refinaria - liberada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) após vistoria realizada nesta quarta - e explicaram que estão trabalhando com reforço de equipes nas unidades.
“Os grupos que trabalhariam nas unidades sinistradas estão sendo deslocados para os conjuntos em processo de partida [reinício da produção]”, afirmou Marsaioli.
Segundo ele, os gerentes afirmaram que a operação nas unidades de destilação e craqueamento, que não foram atingidas pelo acidente, e de alguns subsistemas deve ser normalizada em dois dias e meio. A produção no restante da refinaria começa por volta de uma semana. Inicialmente, a Replan vai operar com carga de 50%. Parte das duas unidades afetadas foi destruída e o conserto deve demorar alguns meses para ser concluído.
“Eles disseram também que já tinham enviado à ANP uma série de documentos, inclusive da Gestão de Mudanças. Ontem houve a inspeção in loco, com registro de fotos, e os técnicos da ANP pediram explicações detalhadas sobre o processo da refinaria”, contou o dirigente.
Bombas de incêndio
O diretor do Sindicato sugeriu que seja feita a inspeção das bombas auxiliares de incêndio, que foram usadas no combate ao fogo no último dia 20, e a reavaliação do procedimento de emergência para a saída dos trabalhadores e trabalhadoras do laboratório.
“Ficamos de enviar relatos dos trabalhadores à empresa para contribuir nas questões da segurança”, ressaltou. Segundo ele, o Sindicato continuará avaliando as condições de trabalho na refinaria junto ao efetivo operacional.
Com informações do Sindipetro-SP