Escrito por: Sandra Sena, CUT-AL
Presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão, ataca movimento sindical e sinaliza demitir dirigentes, contrariando a legislação trabalhista que prevê estabilidade a sindicalistas
Em atitude de perseguição ao movimento sindical, o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão, vem apresentando a proposta de retirar a garantia de emprego de trabalhadores e trabalhadoras que dedicam suas vidas a serviço do povo alagoano, assim como lutam há décadas, por condições justas e dignas para cada trabalhador e trabalhadora da empresa de saneamento do estado de Alagoas.
Nesse momento tão conflituoso da conjuntura e economia brasileira, sobretudo com o crescimento do desemprego em todas as regiões do país, Clécio indica a demissão de trabalhadores e trabalhadoras sindicalistas como principal alternativa de sua gestão.
Como se não bastassem os resultados negativos de um perverso processo de privatização, a empresa agora ataca o movimento sindical, à democracia e aos direitos garantidos pela constituição federal, esquecendo que o artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante que a estabilidade no emprego dos dirigentes sindicais. O artigo prevê:
No último dia 21 de janeiro, o Sindicato dos Urbanitários de Alagoas apresentou ao deputado federal, Paulão (PT/ AL) as preocupações relativas à privatização e aos processos transitórios da Casal para BRK. Na conversa, o deputado colocou-se à disposição para fiscalizar e contribuir para a garantia de direitos.
Na quarta (27), o representantes do sindicato se reuniram novamente com o presidente da Casal, que deixou evidente sua intenção nas demissões. A presidenta do Sindicato dos Urbanitários afirma que “essa medida é inaceitável. Iremos às últimas consequências para garantir a liberdade sindical, garantia conquistada em todos os países livres e democráticos”
"Caso não haja recuo por parte da direção da Casal, não só os Urbanitários, mas todo o movimento sindical alagoano irá para as ruas protestar contra esse ataque, que atinge a todos os sindicatos alagoanos", afirmou Rilda Alves, presidente da CUT Alagoas.