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Após reunião com prefeitura, servidores decidem manter greve em São Paulo

Uma nova assembleia foi agendada para terça-feira (26), às 15h, em frente a prefeitura. Depois da decisão, os servidores seguiram em caminhada até o escritório da presidência da República, na Av. Paulista

Publicado: 22 Fevereiro, 2019 - 17h40 | Última modificação: 22 Fevereiro, 2019 - 18h34

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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Há 19 dias em greve, os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público municipal de São Paulo decidiram, em assembleia, manter a paralisação no município e ampliar a mobilização contra a reforma da Previdência do prefeito Bruno Covas (PSDB). Uma nova assembleia foi agendada para a próxima terça-feira (26), a partir das 15h, em frente à prefeitura.

A decisão da categoria ocorreu após a reunião entre representantes dos servidores municipais e do governo, na manhã desta sexta-feira (22), que confirmou a resposta negativa do prefeito à reivindicação dos servidores, que exigem a revogação da Lei 17020/18, aprovada em dezembro do ano passado durante o recesso do final de ano.

Com a nova lei, a alíquota de contribuição descontada no contracheque dos servidores passou de 11% para 14%. Além disso, foi instituída a previdência complementar, o chamado Sampaprev, espécie de plano de previdência individual semelhante ao modelo de capitalização, cujo trabalhador é responsável por fazer uma poupança individual para a sua aposentadoria na velhice.

“O prefeito disse que qualquer discussão sobre a Lei 17020/18 só será realizada com os servidores municipais após a aprovação da PEC da Previdência Federal”, diz trecho do documento divulgado pelo Fórum Sindical das Entidades em Greve.

“É inaceitável a resposta, sem detalhamento, ainda com argumentos que deixam claro que, se a PEC da morte de Bolsonaro for aprovada, o governo municipal poderá agravar ainda mais o confisco já praticado com a aprovação do Sampaprev”, continua a nota dos servidores.

O dirigente executivo da CUT, Julio Turra, presente na assembleia, parabenizou a luta dos servidores municipais e disse que a CUT é solidária ao movimento grevista e está à disposição da luta em defesa da aposentadoria.

"Assumimos o compromisso de fazer tudo o que for possível para garantir os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e assegurar a Previdência Social pública, solidária e para todos", garantiu o dirigente. 

"E o prefeito Covas, que falou em revisar a lei só depois de aprovada a reforma de Bolsonaro, já pode suspender a reforma da Previdência municipal, porque a classe trabalhadora vai derrotar a proposta de Bolsonaro na rua, nos locais de trabalho, na mobilização".

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Luta nacional contra a reforma da Previdência

Diante da proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL/RJ), que atinge fortemente os servidores públicos de todas as esferas, sejam municipais, estaduais ou federais, os servidores públicos do município de São Paulo aprovaram a ampliação da luta contra o fim da aposentadoria e irão integrar as mobilizações unitárias da classe trabalhadora a nível nacional.

Após a assembleia, os servidores municipais seguiram em caminhada até a Av. Paulista, em frente ao escritório da presidência da República, para protestar contra a reforma da Previdência de Bolsonaro.

Confira na íntegra o informe do Fórum Sindical das Entidades em Greve:

Reunião com o governo - 22/02/18

A reunião realizada hoje, após as 24 horas solicitadas pelo próprio governo no dia de ontem, para apresentação de sua resposta à Pauta de Reivindicações das entidades sindicais que convocaram e realizam a Greve dos Servidores Municipais, revelou-se, na verdade, como um expediente do Prefeito para rever seu posicionamento intransigente de que só receberia os sindicatos mediante a suspensão da greve.

É fácil chegar a esta conclusão:

Recebeu ontem, pediu 24 hs para apresentar resposta. Recebeu hoje e a resposta é um contundente não! Dividiu sua resposta em três itens:

1- Revogação da Lei 17020/18 - Sampaprev
Resposta: Não revoga porque a PEC da Previdência de Bolsonaro replica o que foi feito pela governo Bruno Covas. Qualquer discussão sobre a Lei 17020/18 - Sampaprev - só será realizada com os servidores municipais após a sprovação da PEC da Previdência Federal.

2- Valorização dos Servidores
Resposta: Vincula política de revisão salarial e nova lei salarial à política de alcance de metas - Meritocracia.

3- Direito de Greve
Resposta: Diz que reconhecerá o direito de greve mediante solicitação individual do servidor aos RHs, para converter Injustificada em faltas Justificadas.

A resposta, sem detalhamento, ainda com argumentos que deixam claro que, se a PEC da morte de Bolsonaro for aprovada, o governo municipal poderá agravar ainda mais o confisco já praticado com a aprovação da Sampaprev, é INACEITÁVEL.

Não ao Sampaprev, Não à PEC de Bolsonaro!