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Argentinos estão nas ruas contra reforma da Previdência

Dois aeroportos estão parados e o povo está nas ruas. Começa a votação no Congresso.

Publicado: 18 Dezembro, 2017 - 16h52 | Última modificação: 18 Dezembro, 2017 - 17h03

Escrito por: CUT/Ópera Mundi

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A central sindical Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina convocou para esta segunda-feira (18) uma greve dos transportes de 24 horas contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Mauricio Macri. Em Buenos Aires, já estão parados desde as 12h do país (13h de Brasília) os dois aeroportos da capital – o Aeroparque e o Aeroporto Internacional Pistarini, mais conhecido como Ezeiza, que é o maior aeroporto internacional da Argentina. Há relatos de cancelamentos de voos nos dois aeroportos. Metrô e trens de Buenos Aires devem se juntar à paralisação a partir desta terça-feira (19/12).

A polícia, novamente, está reagindo com violência contra os trabalhadores e aposentados, inclusive os veteranos da guerra das Malvinas. Em frente ao Congresso, a população reage. Confira aqui nas imagens ao vivo da Telefe.

Em pronunciamento, o diretor sindical Juan Carlos Schmid afirmou que "a mal chamada reforma da previdência não é mais do que uma redução dos salários dos aposentados" e destacou que "se pela lei não se vota, a greve se levanta".

Schmid ainda citou a votação da reforma que acontece nesta segunda-feira na Câmara dos Deputados da Argentina, lembrando que "por mais que seja votado pelo Congresso, a reforma tem uma raiz ilegítima". O sindicalista também afirmou que, para a CGT, deveria ser convocado um referendo como uma maneira de solucionar o conflito. A votação da reforma ocorreria na semana passada, porém foi suspensa devido a protestos contrários à sua aplicação.

Outras centrais sindicais e partidos de esquerda, como a CTA e a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), prometeram manifestações também para esta tardee. Em pronunciamento, o diretor sindical da CGT, Héctor Daer, disse que a Confederação Geral do Trabalho não irá participar das manifestações.

"Uma vez que a Gendarmaría [Polícia Nacional Argentina] está fora do perímetro, esperamos que eles tenham a prudência que não tiveram no outro dia", afirmou Daer.

Já Schimid, reforçou o apelo contra a violência, dizendo que "é conveniente para o presidente agir sobre o assunto e revisar sua política de segurança interna, pois já temos duas mortes por uma política que é 'primeiro dispare e depois pergunte'".

Em abril deste ano, a CGT convocou uma greve geral de 24h com intuito de rachaçar as reformas propostas pelo governo Macri.